A Petrobras anunciou nesta segunda (10) que fechou com a Keppel Shipyard contrato para a construção do FPSO P-78, que será instalado no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma tem previsão de começar a produzir em 2024, com capacidade para 180 mil barris por dia de petróleo e 7,2 milhões de m3 de gás por dia.
É a retomada das contratações das plataformas próprias da Petrobras, depois dos FPSOs replicantes do pré-sal. O contrato será no modelo EPC (engenharia, suprimento e construção) e prevê 25% de conteúdo local, com serviços a serem executados no Brasil por meio de parceria ou subcontratação de empresas nacionais.
“O índice de conteúdo local é requisito previsto em edital e compromissado com a ANP para o excedente de Cessão Onerosa do campo de Búzios”, diz o comunicado da empresa.
É a segunda unidade contratada para produção em Búzios após a licitação do volume dos excedentes da cessão onerosa. Em setembro de 2024, a Petrobras anunciou a contratação direta da SBM Offshore para o afretamento do FPSO Almirante Tamandaré, que será a maior plataforma para produção de petróleo e gás já instalada no país, com capacidade de produção para 225 mil barris por de petróleo e 12 milhões de m3de gás.
A empresa também está licitando, desde fevereiro, o FPSO P-79, que é similar à plataforma P-78 e também deve começar a produzir em 2024.
No último dia 30, anunciou que iniciou a contratação do FPSO P-80, que terá capacidade para produzir 225 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás e deve entrar em operação em 2026.
Estão pré-qualificadas para a concorrência:
- Hyndai Heavy Industries
- Sembcorp Marine
- Queiroz Galvão Naval
- Daewoo Shipbuilding
- Saipem
- Brasfels
- TEchnip
- Keppel Shipyard
- Modec
- SBM Offshore
- Estaleiros do Brasil
- Toyo Engineering
No último dia 30, a epbr offshore week discutiu o mercado global de FPSOs com Eduardo Chamusca, diretor global de Desenvolvimento de Negócios da SBM Offshore, e Roberto di Silvestro, diretor-presidente da Saipem do Brasil.
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A discussão trouxe as perspectivas de agentes do mercado de FPSOs no mundo e no Brasil, maior comprador dessa solução para produção em águas profundas.
Entre os tópicos discutidos estão a demanda futura por FPSOs, custos e prazos de produção no Brasil e no exterior e dificuldades de financiamento, entre outros.
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