John Forman desiste de indicação no Conselho de Administração da Petrobras

Governo propõe renovação do Conselho da Petrobras. Na imagem: fachada do edifício-sede da Petrobras, na avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
Fachada do edifício-sede da Petrobras, na avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

O ex-diretor da ANP, John Forman, confirmou à epbr, na noite desta terça-feira (15/1), que optou por não aceitar a indicação para o cargo de conselheiro no Conselho de Administração da Petrobras.

Forman foi indicado ontem para o cargo junto com o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que vai presidir o Conselho,  e João Cox. A meta do governo era substituir Luiz Nelson Carvalho, Francisco Petros e Durval José Soledade Santos.

O ex-diretor da ANP informou que está na Justiça contra uma condenação da CVM que classificou como injusta e que não aceitou a indicação para evitar que a questão fosse usada pela imprensa para atingir o governo. “Estão querendo atacar o governo de qualquer forma e estão me usando para isso. É uma condenação que estou recorrendo”, disse. A condenação não impedia que Forman assumisse o cargo.

Após o anúncio feito pela Petrobras, matéria da Folha mostrou que Forman têm uma ação pendente na Comissão de Valores Imobiliários (CVM), relativa a sua atuação no conselho da HRT, petroleira que viria a se tornar a PetroRio. ” Fui acusado de ter evitado prejuízo com informação privilegiada, mas só vendi 23% dos papéis que tinha. Ou seja, tomei prejuízo com o restante. Não faz sentido”, comentou.

A CVM condenou Forman, em 2016, por uso de informação privilegiada na venda de ações da petroleira e ao pagamento de uma multa de R$ 338 mil. O ex-diretor da ANP alega que permaneceu com ações da empresa e perdeu dinheiro nos meses seguintes, movimentos que não foram levados em consideração pela CVM. O executivo foi conselheiro da HRT entre 2009 e 2012 e recorre da decisão.