A Petrobras e a Equinor (novo nome da Statoil) concluíram a negociação para o farm-in da norueguesa no projeto do campo de Roncador, em águas profundas da Bacia de Campos. A Equinor, que tem agora 25% de participação no campo, pagou à Petrobras US$ 2 bilhões. Outros US$ 550 milhões contingentes serão investidos em projetos para aumento da recuperação do campo.
Roncador é o terceiro maior campo de petróleo do país
Roncador é o terceiro maior produtor de petróleo do país, superado apenas por Lula e Sapinhoá, campos do pré-sal da Bacia de Santos. Os dados dos poços de produção do campo indicam o potencial para elevação do fator de recuperação: são 51 poços produtores, o maior deles produzindo 16 mil barris/dia e o menor, 0,9 barris/dia.
Atualmente, estão instaladas quatro plataformas (P-52, P-54, P-55 e P-62) com capacidade total de produção de 720 mil barris/dia de petróleo, mas que produzem cerca de 250 mil barris/dia. O campo também é um grande produtor de água, cerca de 150 mil barris/dia, fluido que ocupa a capacidade das plataformas.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou a entrada dos noruegueses no projeto, que já tem pedido de prorrogação do contrato de concessão protocolado.
O termo aditivo do contrato, que ratifica o farm-in da Equinor no projeto, foi assinado na tarde ontem em cerimônia na sede da ANP que contou com a presença do diretor-geral da agência, Décio Oddone, com o presidente da Equinor no Brasil, Anders Opedal, a gerente-executiva de Aquisições e Desinvestimentos da Petrobras, Anelise Lara, entre outros executivos e reguladores.
O acordo entre a Statoil e a Petrobras também prevê opção para contratação de capacidade de processamento de gás natural no Terminal de Cabiúnas, em Macaé, para a empresa desenvolver o projeto do BM-C-33, área operada pela norueguesa onde as duas empresas já são sócias.