A gestão dos contratos de partilha da produção do pré-sal passou no último dia 31 a ser feita por um sistema totalmente digital que operacionaliza as documentações referente à votação de ballots, conteúdo local, auditoria do custo em óleo, reconhecimento e recuperação de custos. Todas as operações podem a ser acompanhadas no Sistema de Gestão de Gastos de Partilha de Produção (SGPP) pela PPSA, gestora dos contratos e desenvolvedora do sistema, e pelos operadores.
Desde o fim da operação única da Petrobras no pré-sal e a retomada dos leilões do pré-sal, a partilha da produção no país conta com cinco operadores de contratos. A Petrobras já utiliza o sistema para a operação dos blocos de Libra, Uirapuru, Alto de Cabo Frio Central, Peroba, Dois Irmãos e Três Marias. A Shell já adotou o sistema para Alto de Cabo Frio Oeste e Sul do Gato do Mato.
A expectativa, conta o superintendente de Exploração da PPSA, Augusto Silva Telles, é que até o fim do ano todos os demais operadores estejam utilizando o SGPP. ExxonMobil, Equinor e BP também operam áreas no pré-sal no regime de partilha da produção. “ As primeiras experiências foram muito boas e construtivas. Estamos conversando com todas as operadoras e customizando o que é possível para atender às demandas”, comenta.
[sc name=”newsform”]
O sistema possibilita também o monitoramento da produção de cada contrato e o cálculo do excedente em óleo. Até setembro, outros três módulos do SGPP entrarão em operação, dois deles reunirão os acordos de individualização da produção e à equalização de gastos e volumes (conciliações financeiras decorrentes desses acordos) e o terceiro será dedicado à atividade de comercialização do petróleo e gás da União.
Gerar informação a partir da grande quantidade de dados que são agregados ao sistema é o próximo passo, conta André Onofre, gerente de Tecnologia da Informação da PPSA. Com a implantação de ferramentas de análise de dados e também inteligência artificial em futuro próximo será possível estimar, por exemplo, custo médios de poços e outros serviços para o contratos de partilha da produção e assim gerar informações qualificadas para servir de base para novos contatos.
“Queremos utilizar a tecnologia para otimizar nossa atuação. Os robôs atuam nas tarefas rotineiras e os nossos técnicos atuam focados no negócio. Estamos formando uma base robusta com todos os dados de operação dos contratos. Os técnicos poderão comparar desde variação de custos de projetos até preços por equipamentos ou mesmo identificar quais são os CCPs mais rentáveis para a União. Isso ajudará na tomada de decisão”, explicou Onofre.