Geopark anuncia venda de participação no campo de Manati

Recorde na arrecadação de royalties em 2022 será maior que o esperado. Na imagem: Plataforma PMNT1 operando na produção de gás natural, no Campo de Manati, na Bacia de Camamu (Foto: Goulart Gomes/Petrobras)
Plataforma PMNT1 operando na produção de gás natural, no Campo de Manati, Bacia de Camamu (Foto: Goulart Gomes/Petrobras)

A Geopark anunciou nesta segunda (23/11) acordo para vender por R$ 144,4 milhões sua participação de 10% no campo de Manati, em águas rasas da Bacia de Camamu, para a Gas Bridge. A operação tem como condicionante a aquisição de 90% do projeto, que tem como sócias Petrobras (35%, operadora), Enauta (45%), PetroRio (por meio da Brasoil Manati, 10%) e Geopark (10%).

A Enauta anunciou em agosto a venda para a Gas Bridge de sua participação de 45% em  Manati, negócio que pode chegar na casa de R$ 560 milhões e  ainda depende de uma série de condições precedentes e estimativa é que sua conclusão possa acontecer até 31 de dezembro de 2020. No começo do mês, a PetroRio anunciou a venda de 10% do campo.

A Gas Bridge ainda precisa acertar a compra da participação da Petrobras, que começou a ser vendida em maio.

Quem é a Gas Bridge ? 

A Gas Bridge é uma sociedade criada por João Carlos de Luca, ex-diretor da Petrobras e ex-presidente do IBP, Marco Tavares, fundador da Gas Energy, e Esteban Papanicolau, que foi líder do desenvolvimento de novos negócios da Nova Gas International e da TransCanada Pipelines no Cone Sul nos anos 90. É a entrada da empresa em ativos de produção de gás.

A empresa tem como investidora Lorinvest, gestora de recursos que investe no desenvolvimento de negócios em navegação e logística (Norsul); ativos florestais (Norflor); fintech (Target), soluções financeiras (Akron Capital); e tecnologia industrial (Hankoe FIP).

Manati vai representar a entrada da Gas Bridge no mercado de produção de gás natural. A empresa vem se movimento para ser uma supridora do energético em diversas frentes, incluindo a importação de gás boliviano e operações com gás natural liquefeito (GNL).

Chegou a assinar, em 2019, um acordo com a YPFB para estudar investimentos em terminais de GNL de pequeno porte no Brasil e a criação de rotas de comercialização de GNL por cabotagem.

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