A diretoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou nesta quinta-feira (28/2) a consulta pública sobre o edital da chamada pública para contratação de capacidade do Gasbol, da transportadora TBG. O resultado da concorrência, inicialmente programado para julho, agora foi para outubro.
A minuta trará planilha contendo tarifa 30% postalizada e 70% locacional. Um dos três contratos do gasoduto vence em 31 de dezembro de 2019, liberando para contratação de carregadores de gás até 18,08 milhões de m³/dia, dos 30,08 milhões de m³/dia totais.
A capacidade de entrega do Gasbol e os prazos para início do fornecimento atendem à demanda das distribuidoras Compagas (PR), GásBrasiliano (SP), MSGás (MS), SCGás (SC) e Sulgás (RS), que lançaram em 10 agosto uma chamada pública conjunta para contratar até 10 milhões de m³/dia, nos 29 pontos de entrega hoje atendidos exclusivamente pelo Gasbol.
“Está sendo ofertado ao mercado capacidade de transporte pela TBG. Todas as empresas poderão se candidatar, desde que qualificadas como carregadoras, comprar capacidade para trazer gás ou para injetar gás no sistema de transporte. Tanto os demandantes de gás podem comprar para consumir. Quanto os ofertantantes podem colocar o gás. É um marco na indústria do gás natural”, explicou o diretor da ANP Cesário Cecchi.
Shell vê oportunidade no Gasbol
A Shell fechou memorando de entendimentos com a YPFB para compra de 4 milhões de m³/dia de gás natural até 2022 e 10 milhões de m³/dia de gás natural a partir daí no final de 2018. A empresa pretende utilizar o gás para ampliar sua posição como fornecedora do energético no país.
A Shell estima que memorando pode ser um primeiro passo desenvolver mercado no país com o gás boliviano. “A Shell Brasil está ciente de uma oportunidade de importação de gás boliviano à medida que o gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol) amplia sua capacidade disponível nos próximos anos”, afirmou a empresa em nota.