Energia

Como o rateio de custos de energia pode aumentar a eficiência, gerando economia energética

Esse é o momento de buscar soluções capazes de aumentar a eficiência energética em todos os setores da Indústria, escreve Pedro Okuhara

Como o rateio de custos de energia pode aumentar a eficiência, gerando economia energética. Na imagem: Fileira de lâmpadas elétricas, uma acesa, ao centro, e as demais apagadas (Foto: Colin Behrens/Pixabay)
(Foto: Colin Behrens/Pixabay)

Durante um anúncio em rede nacional, no começo de setembro de 2021, o ministro de Minas de Energia, Bento Albuquerque, pediu “uso consciente” de água e energia elétrica para reduzir a pressão sobre o sistema elétrico brasileiro. Mesmo sem utilizar o termo “racionamento” para evitar impactos econômicos negativos, a sabedoria popular sugere que “para bom entendedor, meia palavra basta”.

Portanto, esse é momento de buscar soluções capazes de aumentar a eficiência energética em todos os setores da Indústria, agora não apenas pela questão de custo, mas também para não haver risco de falta de energia no país.

O ponto de partida para a econômica de energia elétrica, como em outras situações, está na identificação precisa dos gargalos, ou seja, é preciso conhecer a fundo os gastos energéticos, através de análises internas que entreguem um panorama geral, utilizando equipamentos e soluções para monitoramento e gestão de energia.

Conhecimento é a base da eficiência energética

O rateio de energia surge como uma solução para aumentar a transparência interna relacionada ao consumo energético, gerando indicadores para tomada de decisão, desenvolvimento de projetos de eficiência energética, e o mais importante, aumentar a lucratividade.

Mas, para isso, é preciso saber exatamente o consumo em cada etapa da produção, ou até mesmo, em cada equipamento ou setor na linha de produção.

O monitoramento de todas as máquinas e equipamentos parece algo distante e que depende de alto investimento, mas com uma crescente demanda no mercado, inclusive para aquelas empresas que já estão se planejamento ou implementando a Indústria 4.0.

É a partir desses dados que serão retiradas oportunidades de eficiência energética significativas, como retrofit em equipamentos, soluções alternativas para partidas de motores, readequação de linhas de produção, entre outras.

Definição de um plano estratégico

Um plano estratégico de gerenciamento de energia com rateio de custos bem-sucedido identifica as principais oportunidades, define metas, rastreia o progresso e relata os resultados enquanto visa a economia de energia.

Na maioria das vezes, existe a necessidade de criar etapas, para diluir o investimento em partes (por linha de produção, por prédio, por tipo máquina, etc), criando um cronograma de implementação de monitoramento da operação.

Lembrando que o mais importante é iniciar, mesmo que de forma tímida, e ir expandindo aos poucos.

Um planejamento eficaz garante a melhoria contínua da gestão energética, aumenta o valor das plantas industriais, comerciais e residenciais, além de melhorar a competitividade e lucro da produção.

Alcançar um estágio de eficiência energética significa usar menos energia para alcançar os mesmos resultados. Ser energeticamente eficiente e melhorar a produtividade energética em nossos produtos, residências e edifícios comerciais pode ajudar, além de reduzir as contas de energia, a proteger o meio ambiente e criar uma cultura de sustentabilidade.

O mais importante é dar o primeiro passo, que pode ser o rateio de custos de energia, através do entendimento e avaliação do gasto em cada etapa do processo produtivo com dados confiáveis, com a implantação de dispositivos que facilitem o gerenciamento, medição, coleta e análise do consumo de energia.

Com esses dados, entregues em dashboards amigáveis, é possível aprimorar iniciativas de eficiência energética, aumento da produtividade e redução de custos.

Do mesmo autor:

Pedro Okuhara é Especialista de Produtos e Aplicações da Mitsubishi Electric.

Este artigo expressa exclusivamente a posição do autor e não necessariamente da instituição para a qual trabalha ou está vinculado.