O mapa exploratório depois da 14ª rodada

O mapa exploratório depois da 14ª rodada

A disputa pelos blocos offshore na Bacia de Campos durante a 14a rodada da ANP pode aumentar a participação da União nos projetos que serão licitados no 2o e 3o leilões do pré-sal, que acontecem no próximo dia 27 de outubro. A avaliação interna no Ministério de Minas e Energia é que a disputa de ontem deve ampliar a competição no próximo leilão, que tem bônus total fixado em R$ 7,7 bilhões. Na ANP, já existe a expectativa de que todas as oito áreas sejam arrematadas.

A visão atual do governo é que a área unitizável de Carcará terá a maior disputa na próxima concorrência. Ali, a Statoil  deve apostar suas fichas para conseguir desenvolver a produção conjunta do projeto. Não é segredo para ninguém a aposta da empresa na área, onde comprou a participação da Petrobras e também da Queiroz Galvão E&P.
 
O governo também aposta que haverá competição nas áreas que a Petrobras exerceu direito de preferência como operadora:  Entorno de Sapinhoá, Peroba e Alto de Cabo Frio-Central. A estatal terá 30 minutos para dizer se segue ou não os consórcios nas concorrências.

A disputa de blocos na Bacia de Campos na 14a rodada, que teve a oferta recordista de R$ 2,2 bilhões para o bloco C-M-346, pode ser um indicativo de que o governo consiga levantar os R$ 7,7 bilhões previstos de bônus para os leilões do pré-sal. Somados com os R$ 3,8 bilhões levantados no leilão de ontem, as concorrências de 2017 podem ultrapassar a casa dos R$ 11 bilhões.
 
Petrobras e ExxonMobil disputaram a concessão de blocos na franja do pré-sal com os consórcios Shell/Repsol e Total/BP e com a chinesa CNOOC. Todas essas empresas estão inscritas para os leilões do pré-sal de outubro. Além delas, outras majors também vão disputar o leilão de outubro.
 
A disparidade dos lances dados da Petrobras e Exxon chamou a atenção de muitos que estavam no leilão. No próprio C-M-346, a diferença entre o lance vencedor de R$ 2,2 bilhões e o segundo colocado foi de 1,8 bilhão. Na disputa pelo bloco C-M-411, R$ 800 milhões ficaram na mesa, já que o segundo colocado, o consórcio entre a BP e Total, ofertou R$ 48 milhões pela área. Mas quem está disposto a levar uma área não mede esforços, lembrou ontem um CEO presente ao leilão.
 
A concorrência gerou o compromisso de perfuração de três poços offshore na Bacia de Campos – C-M-346 (2 poços) e C-M-411 (1 poço) e um onshore na Bacia do Paraná.