Foi publicada pela Petrobras no dia 4 de setembro uma licitação para contratar um time de projeto que será responsável por gerenciar a execução do plano de desativação dos noves FPSOs do campo de Marlim, na Bacia de Campos.
O escopo prevê estruturar e implantar um escritório de projetos, adquirir serviços especializados, elaborar análises econômicas e de riscos e controlar sua execução física e financeira.
A equipe deverá ser formada por, pelo menos, 11 pessoas com, no mínimo, cinco anos de experiência em gerenciamento de projetos de engenharia de planejamento ou gestão de projetos.
O prazo contratual será de cinco anos, com início em dezembro, e a data prevista de abertura das propostas é o próximo dia 24. A revitalização de Marlim e Voador prevê a entrada de duas novas plataformas e o descomissionamento das nove atualmente em operação e seus sistemas de produção, incluindo o abandono de poços não reaproveitados e desativação de sistemas submarinos.
Como já fiz quando analisei a família para fornecimento de bens e serviços, publicada pela Petrobras, específica para descomissionamento de plataformas fixas, também vou quebrar o texto acima.
1 – “estruturar e implantar um escritório de projetos…”
Tranquilo, não é? Dezenas de milhares de empresas no Brasil e mundo, sabem fazer isto, certo? Tem alguma armadilha? Sim, se montarem um PMO, pura e simplesmente, pensando que gerenciar um projeto de DECOM é simples, vão dar com os burros n’água. Se fosse simples, a Petrobras pegava um de suas dezenas de contratos com empresas de gerenciamento de projetos e fazia, certo? E eu conheço Marlim, sei do que estou falando. Lembrem da frase lá em cima.
2 – “adquirir serviços especializados”
Nossa Senhora, leiam meu artigo sobre a família, mas garanto: alguns serviços não têm no Brasil e outros existem de forma abundante, mas ainda engatinhando em DECOM. A boa notícia é que estão se multiplicando, conheço vários.
3 – “elaborar análises econômicas e de riscos e controlar sua execução física e financeira…”
Separando: “elaborar análises econômicas…”: se tem uma coisa certa é que irão errar em muitas de suas estimativas de custos. “Controlar sua execução física e financeira”, quer dizer, neste caso o seguinte: ter em mãos um arcabouço de ações de recuperação de custos e prazos, que deverão ser colocadas em prática mensalmente e, a cada novo evento, em cada uma das mais de mil linhas que o projeto vai ter: “O Brasil não é para principiantes”.
4 – “…e de riscos”
Aqui tem empresas feras, mas precisam de alguém que entenda de DECOM e estes riscos irão deixar loucos os caras da análise econômica acima.
5 – “A equipe deverá ser formada por, pelo menos, 11 pessoas com, no mínimo, cinco anos de experiência em gerenciamento de projetos de engenharia de planejamento ou gestão de projetos”
Cinco anos em projetos, porque em projetos de DECOM, serão raros. E serão caros. Mas conheço, esta é a boa notícia.
O resto acima, está distribuído por meus artigos até aqui.
Se alguém precisar, posso ajudar, afinal…
Clareza solar?
E lembrem-se: “O Brasil não é para principiantes”