Agendas da COP

CEOs mais preocupados com sustentabilidade, mas ações estão fora do ritmo

87% dos participantes de pesquisa acreditam que o atual nível de mudança está tão alto que impactará na entrega dos ODS até 2030

CEOs mais preocupados com sustentabilidade, mas ações estão fora do ritmo. Na imagem: Sanda Ojiambo, CEO do Pacto Global da ONU (Foto: Reprodução Youtube)
Sanda Ojiambo, CEO do Pacto Global da ONU (Foto: Reprodução Youtube)

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Diálogos da Transição

Editada por Nayara Machado
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Estudo do Pacto Global da ONU e Accenture lançado na quinta (12/1) conclui que os CEOs globais estão alarmados com a velocidade e escala das mudanças econômicas e tecnológicas e o impacto na resiliência dos negócios.

E, embora demonstrem maior preocupação com questões ambientais e climáticas, na prática as ações corporativas ainda indicam que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) não serão entregues até 2030.

A pesquisa com mais de 2.600 CEOs de 128 países mostra que 93% estão enfrentando dez ou mais desafios simultâneos em seus negócios e 87% deles acreditam que o atual nível de mudança está tão alto que isto impactará na entrega dos ODS.

Cada vez mais preocupados com as mudanças bruscas, 98% dos líderes concordam que sustentabilidade é assunto primordial em seus cargos, um sentimento que cresceu 15% em comparação aos últimos 10 anos do estudo.

“Em um mundo marcado por conflitos, quedas de energiaalta inflação e por ameaças de recessão, o estudo deste ano mostra que os CEOs não acreditam mais que o mundo é tão resiliente às crises quanto esperávamos”, comenta Sanda Ojiambo, CEO do Pacto Global.

Ojiambo explica que os negócios continuam sendo muito impactados por questões como mudanças climáticas e crescimento das desigualdades sociais e econômicas. Como consequência, as ações das empresas, agora, não têm a ambição e o ritmo necessários para atingir os ODS em 2030.

Algumas conclusões do levantamento:

  • 63% dos CEOs participantes da pesquisa estão levando a sustentabilidade para seus negócios por meio de novos produtos e serviços;
  • 55% estão melhorando os dados de sustentabilidade em toda sua cadeia de valor;
  • 49% investem em energias renováveis;
  • 49% estão mudando para um modelo de negócios circular;
  • 40% estão aumentando os investimentos em inovação sustentável.

De olho em Davos

Na próxima semana, os holofotes se voltam para a reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde chefes de Estado e CEOs discutirão temas como sustentabilidade, crescimento econômico e resiliência, globalização e geopolítica e segurança energética e alimentar.

Após um ano de tensões geopolíticas e crises energéticas, a reunião de 2023 promete um número recorde de mais de 2.500 delegados em torno de uma agenda de cooperação.

O Brasil será representado pela ministra de Meio Ambiente e Clima, Marina Silva, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A presença de Marina pretende dar “sinais fortes” do compromisso do governo brasileiro com o combate ao desmatamento.

De acordo com a coluna de Jamil Chade, do UOL, ela estará acompanhada pelos presidentes do Equador e da Colômbia, dois países amazônicos. John Kerry, representante da Casa Branca para os temas climáticos, também estará presente.

Rodrigo Agostinho no Ibama

O deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB/SP), que tem atuado em favor de pautas ambientais durante o mandato na Câmara nos últimos anos, deve ser escolhido ainda nesta semana para comandar o Ibama.

A seleção cabe a Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e do Clima, que quer anunciar a composição das equipes de órgãos e autarquias federais antes da viagem a Davos. Confira o histórico ambiental de Agostinho na reportagem de Alex Mirkhan e Hanrrikson de Andrade

Elétricos

LG e Honda anunciaram hoje (13/1) uma joint venture que produzirá baterias de íons de lítio para veículos elétricos (EV) da Honda fabricados na América do Norte. A fábrica será construída em Ohio, nos EUA, agora no início do ano.

Já a produção em massa de células de bateria avançadas deve ocorrer até o final de 2025. A planta pretende ter uma capacidade de produção anual de aproximadamente 40 GWh. O investimento é projetado em US$ 4,4 bilhões.

Biocombustíveis

Airbus testa diesel verde no combustível marítimo. O combustível será usado pela primeira vez no navio Airbus Ciudad de Cadiz na rota Saint-Nazaire-Tunis-Nápoles-Saint-Nazaire operado pela Louis Dreyfus, transportando componentes para a fabricante de aeronaves.

Durante 18 meses de testes, a expectativa é que quase um terço do combustível total (cerca de 330 toneladas) seja renovável, o que reduzirá as emissões de CO2 em até 20% por viagem em comparação com o combustível fóssil.

Vagas onshore e offshore

A Prio (antiga PetroRio) está contratando engenheiros para atuar em suas operações onshore e offshore. Algumas oportunidades são para início imediato na sede da empresa, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, e outras para atuação offshore nos ativos da companhia na Bacia de Campos. Informações no site da empresa

 

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