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Diálogos da Transição
Editada por Nayara Machado
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Estudo do Pacto Global da ONU e Accenture lançado na quinta (12/1) conclui que os CEOs globais estão alarmados com a velocidade e escala das mudanças econômicas e tecnológicas e o impacto na resiliência dos negócios.
E, embora demonstrem maior preocupação com questões ambientais e climáticas, na prática as ações corporativas ainda indicam que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) não serão entregues até 2030.
A pesquisa com mais de 2.600 CEOs de 128 países mostra que 93% estão enfrentando dez ou mais desafios simultâneos em seus negócios e 87% deles acreditam que o atual nível de mudança está tão alto que isto impactará na entrega dos ODS.
Cada vez mais preocupados com as mudanças bruscas, 98% dos líderes concordam que sustentabilidade é assunto primordial em seus cargos, um sentimento que cresceu 15% em comparação aos últimos 10 anos do estudo.
“Em um mundo marcado por conflitos, quedas de energia, alta inflação e por ameaças de recessão, o estudo deste ano mostra que os CEOs não acreditam mais que o mundo é tão resiliente às crises quanto esperávamos”, comenta Sanda Ojiambo, CEO do Pacto Global.
Ojiambo explica que os negócios continuam sendo muito impactados por questões como mudanças climáticas e crescimento das desigualdades sociais e econômicas. Como consequência, as ações das empresas, agora, não têm a ambição e o ritmo necessários para atingir os ODS em 2030.
Algumas conclusões do levantamento:
- 63% dos CEOs participantes da pesquisa estão levando a sustentabilidade para seus negócios por meio de novos produtos e serviços;
- 55% estão melhorando os dados de sustentabilidade em toda sua cadeia de valor;
- 49% investem em energias renováveis;
- 49% estão mudando para um modelo de negócios circular;
- 40% estão aumentando os investimentos em inovação sustentável.
De olho em Davos
Na próxima semana, os holofotes se voltam para a reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde chefes de Estado e CEOs discutirão temas como sustentabilidade, crescimento econômico e resiliência, globalização e geopolítica e segurança energética e alimentar.
Após um ano de tensões geopolíticas e crises energéticas, a reunião de 2023 promete um número recorde de mais de 2.500 delegados em torno de uma agenda de cooperação.
O Brasil será representado pela ministra de Meio Ambiente e Clima, Marina Silva, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A presença de Marina pretende dar “sinais fortes” do compromisso do governo brasileiro com o combate ao desmatamento.
De acordo com a coluna de Jamil Chade, do UOL, ela estará acompanhada pelos presidentes do Equador e da Colômbia, dois países amazônicos. John Kerry, representante da Casa Branca para os temas climáticos, também estará presente.
Rodrigo Agostinho no Ibama
O deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB/SP), que tem atuado em favor de pautas ambientais durante o mandato na Câmara nos últimos anos, deve ser escolhido ainda nesta semana para comandar o Ibama.
A seleção cabe a Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e do Clima, que quer anunciar a composição das equipes de órgãos e autarquias federais antes da viagem a Davos. Confira o histórico ambiental de Agostinho na reportagem de Alex Mirkhan e Hanrrikson de Andrade
Elétricos
LG e Honda anunciaram hoje (13/1) uma joint venture que produzirá baterias de íons de lítio para veículos elétricos (EV) da Honda fabricados na América do Norte. A fábrica será construída em Ohio, nos EUA, agora no início do ano.
Já a produção em massa de células de bateria avançadas deve ocorrer até o final de 2025. A planta pretende ter uma capacidade de produção anual de aproximadamente 40 GWh. O investimento é projetado em US$ 4,4 bilhões.
Biocombustíveis
Airbus testa diesel verde no combustível marítimo. O combustível será usado pela primeira vez no navio Airbus Ciudad de Cadiz na rota Saint-Nazaire-Tunis-Nápoles-Saint-Nazaire operado pela Louis Dreyfus, transportando componentes para a fabricante de aeronaves.
Durante 18 meses de testes, a expectativa é que quase um terço do combustível total (cerca de 330 toneladas) seja renovável, o que reduzirá as emissões de CO2 em até 20% por viagem em comparação com o combustível fóssil.
Vagas onshore e offshore
A Prio (antiga PetroRio) está contratando engenheiros para atuar em suas operações onshore e offshore. Algumas oportunidades são para início imediato na sede da empresa, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, e outras para atuação offshore nos ativos da companhia na Bacia de Campos. Informações no site da empresa
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