Atualizado em 15 de dezembro de 2022 para substituição do nome Statoil por Equinor
A Equinor pretende iniciar a produção da descoberta de Carcará, na área do bloco exploratório BM-S-8, no pré-sal da Bacia de Santos, entre 2023 e 2024. A empresa pretende perfurar um poço na região em 2018. Um acordo com a Seadrill prevê a utilização da sonda West Saturn – que já está no Brasil – para a perfuração de um poço e a realização de um teste de formação.
“Acreditamos que esse pode ser um ativo de muito alto valor. Ele tem potencial para ser o nosso (Johan) Sverdrup fora da Noruega”, disse à Reuters o chefe de exploração da Equinor para Reino Unido e Noruega, Jez Averty, referindo-se a um grande campo no Mar do Norte que a Equinor está atualmente desenvolvendo.
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O que significa ser o Johan Sverdrup brasileiro?
Johan Sverdrup é um dos cinco maiores campos de petróleo da Noruega. A Equinor estima que algo entre 2 e 3 bilhões de barris de petróleo sejam recuperáveis na área. Os números estão em linha com as estimativas da petroleira para a área de Carcará, onde são estimados 2 bilhões de barris recuperáveis.
A empresa norueguesa acredita que Johan Sverdrup será um dos principais projetos industriais do país nos próximos 50 anos, gerando receitas para o estado e emprego e renda. A fase 1 do projeto, com 70% dos contratos fechados com fornecedores noruegueses, tem mais de 14 mil pessoas contribuindo em todo mundo.
O campo norueguês está a 160 km da cidade de Stavanger, no litoral da Noruega. Carcará, na Bacia de Santos, está a 260 km do estado de São Paulo. A descoberta de Cacará está em lâmina dá’gua de 2024 m, já Johan Sverdrup em 1900 m.
A Equinor estima uma produção média de 440 mil barris por dia na primeira fase de Johan Sverdrup, que começa em 2019. O pico de produção, com a fase 2 implantada, será de 660 mil barris por dia, o que representa 25% de toda produção norueguesa atualmente.
A Equinor é a operadora de Johan Sverdrup com 40,0267% de participação. Tem como sócias a Lundin Norway (22,6%), Petoro (17,36%), AkerBP (11,5733%) e Maersk Oil (8,44%), a última recentemente adquirida pela francesa Total.
No projeto de Cacará, a Equinor é a operadora com 36,5% de participação e tem como sócias a ExxonMobil (36,5%), Petrogal (17%) e Barra Energia (10%). A norueguesa opera ainda a área unitizável de Norte de Carcará, licitada no ano passado, com 40% de participação, onde tem como sócias a ExxonMobil (40%) e a Petrogal (20%).