Candidatos sinalizam ao MME que querem leilão da cessão onerosa

Candidatos sinalizam ao MME que querem leilão da cessão onerosa

Em entrevista exclusiva no Rio Oil & Gas Studio, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, afirmou que pode ser possível definir uma data para o leilão do excedente da cessão onerosa com equipes de transição dos candidatos mais bem posicionados, com quem o MME já iniciou conversas, em meio ao processo de transição.

O secretário, contudo, não detalhou quais candidatos sinalizaram interesse na rodada.

“Poderá ser deixado datado, mas entendo que isso entrará num período de transição então vai ser combinado com o próximo governo, se ele vai querer rever tudo. A gente já tem declarações de candidatos ou de equipes de candidatos falando do interesse em realizar o leilão. O que está hoje será muito bom para o país, bom para a Petrobras também”, diz Félix.

Gás natural
Se as portas do próximo ministro de Minas e Energia estiverem abertas após janeiro, tudo indica que o tema do gás será prioridade, até porque não foi possível avançar em diversas frentes.

Félix afirma que um dos caminhos são medidas infralegais, uma solução incentivada pelo ministro de Moreira Franco, cuja estratégia é se valer da independência da ANP – os diretores indicados durante o governo Temer, Décio Oddone, o diretor-geral, e Felipe Kury, tem mandatos até dezembro de 2020.

Onshore
De acordo com Félix, uma série de fatores justificam otimismo com a operação em terra no Brasil. Afirma, inclusive, que é possível que a Petrobras complete processos de venda de ativos onshore ainda este ano.

“Recebemos diversos dirigentes do Sebrae e eles saíram convencidos. Um dos grandes trabalhos que eles têm é atrair empresas para o onshore, que é um mercado diferente. O onshore independe da ideologia, é desenvolvimento regional na veia”, diz.

A oferta permanente de todas as áreas onshore já começa a atrair interesse de empresas pela nominação de blocos – processo em que as empresas indicam o interesse na concessão –, e a recente resolução da ANP que estipula prazos para investimentos em projetos parados, sob pena de devolução das áreas. Neste caso, deve aumentar a oferta em terra.