Antonio Simões será, a partir de 1º de outubro, o novo diretor presidente da Comgás, substituindo Nelson Gomes, que comandou a distribuidora nos últimos cinco anos. Simões ocupava o cargo de vice-presidente de Energia da Raízen, responsável pelo desenvolvimento e gestão do portfólio de projetos de energias renováveis, cogeração, comercialização e trading de energia.
Simões ingressou na Raízen em 2011, após ter ocupado por 14 anos diversas posições em Trading, Fornecimento e Logística na Shell, no Rio de Janeiro, Londres e Dubai. Entre 2015 e 2018 ocupou a posição de diretor de Logística e Trading Offshore na Raízen, baseado em Genebra, onde era responsável por todo o desenvolvimento e operação do trading global de etanol da companhia.
Nelson Gomes vai se dedicar integralmente ao desenvolvimento da Compass, que vai concentrar os ativos de distribuição, gás natural liquefeito (GNL) e comercialização de gás e energia. A estratégia começou a ser desenhada em dezembro do ano passado, com a compra da Compass Comercializadora, por US$ 95 milhões. A empresa foi criada em 2009 para atuar na venda de energia no mercado livre, mas também está autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) a entrar na comercialização de gás.
A Compass e a Gas Bridge foram habilitadas pela TBG na segunda chamada pública para contratação de capacidade de transporte do Gasbol (gasoduto Bolívia-Brasil). São ofertadas capacidades de 10,08 milhões de m³/dia (entrada em Corumbá, MS) e 16,43 milhões de m³/dia (saída).
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Na área de infraestrutura, a nova empresa será responsável pelo Rota 4, de escoamento de gás do pré-sal da Bacia de Santos, atualmente em licenciamento. No projeto atual, a nova rota prevê um gasoduto com 313 km de extensão, ligando o polo de produção até a Ilha da Madeira, no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
Ficará no guarda-chuva da Compass o projeto do terminal de GNL, em desenvolvimento, para Santos. Prevê um FSRU (terminal flutuante de regaseificação) na Lagoa Caneú, com capacidade para 14 milhões de m³/dia.
O terminal é pensado para integrar a malha de gasodutos, atendendo à área de concessão da Comgás, a partir da expansão da infraestrutura em Cubatão (SP). Todo o projeto demanda investimentos US$ 120 milhões, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e 36 meses para ser concluído.
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