Continuação…
1. Perfuração e Produção em Terra:
Vejam nas figuras abaixo: dois sistemas, um de Perfuração e outro de Produção, os dois em terra;
i. Perfuração Exploratória ou para Desenvolvimento da Produção:
para os dois casos acima, a logística é similar, temos oportunidades para Terraplanagem e preparação do solo; Mobilização de toda a infraestrutura necessária; RH; alta tecnologia; parcerias estratégicas no Brasil e exterior; portos e estaleiros; transportes marítimos e terrestre. Área de Construção e Montagem para manutenção das sondas; manutenção das ferramentas e equipamentos de perfuração (BOP; Juntas de Riser e telescópicas; Equipamentos de segurança; aeroportos e aeronaves; caminhões Munck, carretas; carros para inspeções / manutenções / visitas técnicas / auditorias; Caminhões preparados para sistemas de injeção de Vapor.
Um caso a parte
Manaus – Urucu:
Este é um caso a parte. Precisamos de helicópteros de alta capacidade de transporte de cargas; aviões para transporte até Urucu; Balsas e empurradores (em Manaus, para transitar nos Rios, não usamos rebocadores, usamos empurradores para as balsas); barcos menores para transitar nos Rios e Igarapés, perfuratrizes para atravessarmos os rios e igarapés e podermos passar com linhas e dutos. Em Urucu temos uma verdadeira cidade, que precisa de toda uma infraestrutura. Pensem no que uma cidade precisa, lá precisamos. Pensem na estrutura logística magnífica necessária. Hospitais; alojamentos; carretas; carros; guindastes; restaurantes; algo em torno de 2.000 pessoas “a bordo”; empresas de C&M para as plantas; etc.
Sistema de Produção:
A figura b) mostra uma planta de produção com “Cavalos de Pau”, ainda temos os geradores de vapor e todo um sistema de dutos e recolhimentos com caminhões; tancagem; armazenagem de produtos químicos; etc. Então pensem em todas as oportunidades Logísticas, tanto para comissionar, quanto para Descomissionar??
Descomissonamento
- Área onde a Sonda de Perfuração operou, com ou sem instalação de sistema de produção: Uma vez instalada a Sonda e, o resultado da perfuração dos poços não ter sido satisfatório, ou seja, não será desenvolvido o campo, chega a hora da Desmobilização da sonda. A seguinte logística, não se limitando a isto, será, no mínimo, necessária:
- Recolhimento e descarte dos cascalhos oriundo da perfuração;
- Recolhimento e descarte dos resíduos oleosos, incluído lixo e rejeitos sanitários; coleta seletiva de lixo; resíduos medicinais; etc;
- Limpeza do solo, replantio, onde couber, enfim, recuperação das condições originais do local;
- Estou sendo bem simplista, mas toda esta operação, envolve carretas; caminhões com tanque para recolhimento de resíduos líquidos e sólidos; preparação de estradas; contratos com universidades para replantio, onde couber, de espécies naturais, etc.
- Da Sonda: A desmobilização da sonda, além de seus resíduos explicados acima; precisa no mínimo de:
- Carretas; caminhões munck; guindastes; batedores para as carretas prancha baixa; empilhadeiras; autorizações junto às prefeituras e órgãos ambientais para transporte da sonda, seus equipamentos, contêineres de alojamentos , escritórios, enfermaria, restaurante, etc. ;
- Se for em Urucu, como já dito acima, toda logística de balsas; empurradores; helicópteros “Russos”, assim chamados porque realmente são de origem russa e tem capacidade de transporte de carga elevada; etc.
- Principalmente, o abandono de poços como preconizado no SGIP.
- Do sistema de produção: Descomissionar o sistema de produção, irá requerer todos os mesmos esforços logísticos do descomissionamento da sonda, além de:
- Abandonar todos os poços, ora produtores, conforme o SGIP;
- Retirada de todos os equipamentos auxiliares, como geradores; prováveis plantas para injeção de vapor;
- Recolhimento das linhas de produção aos tanques de armazenamento, onde houver;
- Recuperação da área arrasada, etc.
- Meio ambiente / Resíduos – PNRS / Sucatas: Como já explicado um pouco mais acima, tanto para o comissionamento, quanto para o DECOM de todo o sistema, passa por uma série de autorizações de todos os órgãos reguladores possíveis, o que exige um tremendo esforço Logístico para adequação de todo o “CANTEIRO” de obras; vamos ver alguns, não se esgotando a estes:
- IBAMA (sim, mesmo em terra tem de ter autorização dele, principalmente Amazônia); INEA; Marinha (sim, na Amazônia a marinha faz a segurança dos rios, então para navegar por eles com nossas balsas, precisamos de autorização deles, sabiam?); Corpo de Bombeiros (tanto para a sonda, quanto para o sistema de produção), na Amazônia, todos os alojamentos precisam ser aprovados pelos Bombeiros; ANVISA (saúde); PNRS – Programa Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305/10 (trata de todo resíduo que sairá das atividades, sugiro lerem), RFB – Receita Federal do Brasil (caso de importação de bens); ANAC – transportes aéreos; os etc. que com certeza esqueci.
- Meio ambiente / Resíduos – PNRS / Sucatas: Como já explicado um pouco mais acima, tanto para o comissionamento, quanto para o DECOM de todo o sistema, passa por uma série de autorizações de todos os órgãos reguladores possíveis, o que exige um tremendo esforço Logístico para adequação de todo o “CANTEIRO” de obras; vamos ver alguns, não se esgotando a estes:
Faço as mesmas perguntas aqui, para políticos, empresários e sociedade organizada, que fiz ano artigo anterior, estão preparados? Poderão usufruir das oportunidades geradas pelos recentes Leilões com várias novas operadoras entrando no mercado?
Pergunto: Clareza Solar Até aqui?
No próximo artigo, vamos explorar a Logística no mar, espero estar sendo útil, se não estiver, me digam.
TO BE CONTINUED…