A ANP recebeu 22 inscrições de empresas, sendo 17 para offshore e cinco para onshore, para participar da 15a rodada de licitações, que acontecerá em 29 de março. A documentação das empresas começa a ser analisada pela Comissão Especial de Licitação do leilão no próximo dia 21.
O número mostra uma redução no interesse na comparação com a 14a rodada, realizada em setembro do ano passado, quando 36 empresas se inscreveram no leilão, que acabou registrando bônus recorde de assinatura e teve seus contratos assinados na semana passada.
A queda no interesse pode ser explicada pela mudança no perfil do leilão. Com o projeto desinvestimento da Petrobras em áreas de produção terrestre, batizado internamente na petroleira como Topázio, e a oferta permanente de áreas, o leilão de 2018 está ofertando apenas áreas exploratórias em nova fronteira terrestre. Além da Petrobras, poucas empresas têm perfil para este tipo de ativo no país, como é o caso da Eneva, que atua no Parnaíba e no Amazonas.
Inscritos na 14a rodada da ANP, realizada em setembro
Uma olhada na lista de empresas que se inscreveram no leilão de concessões pode ajudar a entender melhor a próxima concorrência. No leilão de setembro do ano passado, com oferta de áreas em bacias maduras onshore, 16 empresas com vocação para a atividade terrestre se inscreveram na concorrência. Como o leilão de agora não tem áreas em bacias maduras em terra, a concorrência não atraiu essas empresas. Áreas exploratórias em nova fronteira terrestre só atraem tradicionalmente no país empresas de médio e grande porte.
O interesse pelo leilão offshore aumentou. E isso deve ser fruto das áreas que serão ofertadas nas bacias de Campos e Santos. Na 14a rodada tivemos 14 empresas com vocação para o offshore inscritas – ExxonMobil, QGEP, Murphy, Karoon, Shell, Repsol, CNOOC, Total, BP, DEA, Petrogal, Petronas, PTTEP e Wintershall. Agora, essa lista conta com mais três interessados. Já sabemos que uma delas é a Chevron, que manifestou interesse em participar da licitação e busca parceiros.
A 15a rodada da ANP vai ofertar 70 blocos nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Parnaíba e do Paraná, totalizando 95,5 mil km² de área. Os compromissos de conteúdo local serão definidos em cláusulas específicas do contrato e não serão adotados como critério de julgamento das ofertas na licitação.
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