Clima

Volatilidade de preços de energia por baixo volume de chuvas não deve se repetir ao longo do ano, diz Nottus

Fevereiro registrou volatilidade de até 214% no preço de ativos devido a baixo volume de chuvas; bacias do Norte já estão com desempenho dentro da normalidade

Vista do reservatório e da barragem da PCH Cidezal (Foto Divulgação Hydria Energia)
reservatório e da barragem da PCH Cidezal | Foto Divulgação Hydria Energia)

LYON (FR) — O baixo volume de chuvas que levou a volatilidade de preços no setor elétrico em fevereiro não deve se repetir ao longo do ano, apontou a Nottus. Apesar da redução das chuvas pelo país, não há previsão de seca neste ano.

A perspectiva para o setor elétrico em 2025 é mais positiva do que nos dois anos anteriores, segundo a consultoria meteorológica.

“Entre a primavera de 2023 e o início do segundo semestre de 2024, a gente teve uma condição assustadora. Tudo que a gente ouve sobre efeitos cada vez mais extremos aconteceram nesse período”, disse o sócio-diretor da Nottus, Alexandre Nascimento.

Neste começo de ano, as precipitações foram influenciadas pelo fenômeno La Niña, que resfria as águas do Oceano Pacífico, e levou ao aumento de chuvas na região Norte e à redução nas regiões Sul e Sudeste.

“Esse deve ser um ano normal. A gente começou muito bem, tivemos um mês de fevereiro que trabalhou contra [um bom ano para o setor elétrico], mas já voltamos à normalidade, à programação normal do clima, e, ao que tudo indica, nos próximos três a seis meses deve ficar dentro de uma normalidade”, completou Nascimento.

A previsão é que as chuvas voltem em março, mas depois reduzam a partir de abril em grande parte do país. Mesmo assim, a maior probabilidade é de que não haverá secas no Brasil este ano.

A região Norte do Brasil registrou uma das secas mais severas da história nos anos de 2023 e 2024.

Segundo Nascimento, em 2025, diversas bacias da região já estão com desempenho dentro da normalidade.

Entretanto, as bacias próximas à região Sul estão mais secas.

Após o retorno do maior volume de chuvas no país na primavera de 2024, bloqueios atmosféricos foram os responsáveis por impedir a precipitação em fevereiro e gerar ondas de calor em grande parte do país, explicou a empresa.

Com isso, o preço da energia tiveram variação de até 214% no mês passado, nas negociações no Ambiente de Contratação Livre (ACL) no Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE). Esse dado foi veiculado inicialmente pela agência MegaWhat.

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