BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já autorizou a ampliação da potência instalada de usinas hidrelétricas em 5,295 gigawatts (GW) para participação no Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP), marcado para 27 de junho.
Nesta quinta-feira (6/2), a UHE Salto Santiago, localizada no Paraná, teve autorização para acrescentar 710 megawatts (MW) de capacidade. Assim, o empreendimento alcançará 2,13 GW de potência instalada. A usina é controlada pela Engie.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), que representa as hidrelétricas, é possível ampliar em até 7,4 GW as usinas existentes com a instalação de turbinas em poços vazios.
Esta semana, a agência autorizou também um acréscimo de 310,5 MW na UHE São Simão, controlada pela SPIC Brasil, o que será suficiente para o total do empreendimento chegar a 2,020 GW. A usina fica no Rio Paranaíba, entre os municípios de São Simão (GO) e Santa Vitória (MG).
Veja as hidrelétricas habilidadas para participar do LRCAP
Além de São Simão, a Aneel já habilitou outras dez usinas. Veja a lista completa:
- Governador Ney Aminthas de Barros Braga-PR (1.266 MW)
- Luiz Gonzaga-BA (986 MW)
- Governador Bento Munhoz-PR (860 MW)
- Engenheiro Sérgio Motta-PR (439 MW)
- São Simão-GO/MG (310,5 MW)
- Três Marias-MG (163 MW)
- Coaracy Nunes-AP (220 MW)
- Fontes Nova-RJ (161 MW)
- Cachoeira Dourada-GO (98)
- Jacuí-RS (43 MW)
- Itapebi-BA (30 MW)
As empresas têm até 14 de fevereiro para cadastrar os empreendimentos junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
LRCAP terá hidrelétricas em um produto
O leilão prevê a participação de termelétricas e hidrelétricas pela primeira vez nesse modelo de contratação.
Na primeira edição do certame, em 2021, foram contratadas apenas térmicas, para garantia de potência.
Desta vez, haverá produtos com início programado de 2025 a 2030. As hidrelétricas só estão previstas em um produto, com início de suprimento para daqui a cinco anos.
O setor de geração hidrelétrica criticou a inclusão de apenas um produto para 2030. As geradoras entendem que a potenciação de poços vazios é viável para ser entregue em menos tempo, já que o Brasil detém a cadeia de suprimentos e os fabricantes têm disponibilidade para entregar os materiais.