Energia

Solar fotovoltaica alcança 40 GW no Brasil

Apenas em 2024, setor adicionou 3 GW ao país e evitou a emissão de 48,9 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade

Segundo CCEE, geração de energia renovável foi recorde no Brasil em 2023 a partir das suas usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa. Na imagem: Complexo solar fotovoltaico Hélio Valgas, da Comerc, em Minas Gerais, entra em operação como uma das maiores do Brasil (Foto: Divulgação)
Complexo solar fotovoltaico Hélio Valgas, da Comerc, em MG, entra em operação como uma das maiores do Brasil (Foto: Divulgação)

BRASÍLIA – O Brasil alcançou em março de 2024 a marca de 40 gigawatts (GW) de potência instalada operacional da fonte solar fotovoltaica, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar).

O volume considera grandes usinas solares e sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos.

Segundo a associação, apenas em 2024, o setor adicionou 3 GW ao país e evitou a emissão de 48,9 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

No segmento de geração distribuída de energia, são 27,5 GW de potência instalada da fonte solar. Já no segmento de geração centralizada, o Brasil possui cerca de 12,5 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. 

A Absolar calcula que, desde 2012, os grandes empreendimentos fotovoltaicos movimentaram cerca de R$ 52 bilhões em novos investimentos no país e mais de 378 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação aos cofres públicos que supera R$ 18,8 bilhões.

Matriz elétrica soma 200 GW

Na geração centralizada, que inclui grandes usinas solares, hidrelétricas, parques eólicos e térmicas, o Brasil atingiu 200 GW no dia 7 de março, com a autorização da Aneel para início da operação comercial da usina fotovoltaica Boa Sorte I, localizada em Paracatu (MG), com 44,1 megawatts (MW) de potência.

De acordo com os dados da Aneel, 84,25% dessa capacidade vem de fontes renováveis e 15,75% de fontes não renováveis (1% nuclear).

Atualmente as três maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são hídrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%).

Entre as fontes fósseis, o gás natural (9%) é o com maior participação, seguido por petróleo (4%) e carvão mineral (1,75%).

Expansão prevista para 2024 é de 10 GW

No primeiro trimestre de 2024, a Aneel já liberou 2 GW para operação comercial. A expectativa é que a expansão da matriz elétrica este ano seja de 10,1 GW. Este será o segundo maior avanço anual já verificado pela agência desde sua criação em 1997 – atrás apenas do crescimento de 10,3 GW em 2023.