Energia

Silveira cita Light e alerta que distribuidoras sem eficiência podem não ter concessão renovada

Ministro de Minas e Energia diz que Light não vem apresentando respostas à altura para sua eficiência administrativa

Ministro de Minas e Energia propõe acordo comercial para venda de hidrogênio para Alemanha. Na imagem: Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia (Foto: Tauan Alencar/MME)
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Foto: Tauan Alencar/MME)

RIO — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta segunda (8/5) que o governo atuará com firmeza na renovação de concessões de distribuição de energia elétrica e que empresas “sem eficiência na gestão” poderão não participar do processo.

Ele citou especificamente as dificuldades da Light, no Rio de Janeiro, e criticou a gestão da empresa.

“A Light vem mudando de uma hora para outra de acionistas. Apesar dos problemas específicos que reconhecemos haver no Rio com as perdas, a Light não vem apresentando respostas à altura para sua eficiência administrativa. E posso afirmar publicamente: qualquer empresa que não esteja em condições econômicas e técnicas de continuar prestando o serviço ao povo brasileiro não participará desse processo de renovação”, disse o ministro, em entrevista à CNN.

A discussão sobre a renovação das concessões acontece num momento em que concessionárias importantes, como a Light e Amazonas Energia, vivem crises associadas ao aumento das perdas, sobretudo por furto de energia.

O ministro destacou que o MME vai “olhar com olhos extremamente vigilantes” a situação dessas distribuidoras e de “outras que vivem situação de dificuldade de gestão que possa colocar em risco qualidade dos serviços”.

Logo após comentar sobre o caso da Light, Silveira condenou a iniciativa de companhias que buscam “exclusivamente a solução desses processos nos corredores” da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia (MME).

Silveira voltou a defender que a renovação das concessões das distribuidoras seja feita sem a cobrança de outorga às empresas, mas que seja ancorada, como contrapartida, em investimentos para aumentar a qualidade dos serviços.

“Acredito num modelo que não tenha onerosidade, cobrança de ônus de outorga, mas a ampliação do volume de investimentos e da qualidade dos serviços prestados”, disse.