Senador quer destravar licenciamento de Pequenas Centrais Hidrelétricas

Vanderlan Cardoso (PP-GO) afirma que o país está observando o crescimento de energia suja, gerada pelas usinas térmicas a gás natural e diesel

O senador Vanderlan Cardoso (PP-GO), presidente da CCT, acredita que o potencial das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) deve ser avaliado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O senador Vanderlan Cardoso (PP-GO), presidente da CCT, acredita que o potencial das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) deve ser avaliado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovou, em reunião nesta quarta-feira (13), a realização de audiência pública para discutir o potencial de geração, distribuição e armazenamento dessas pequenas unidades de energia.

O presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas, Paulo Arbex, além do presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, devem ser convidados. A data da audiência será definida em breve.

O senador Vanderlan Cardoso (PP-GO), presidente da CCT, acredita que o potencial das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) deve ser avaliado. Por essa razão, disse não entender por que as licenças para o funcionamento dessas unidades são, às vezes, mais demoradas do que as licenças para usinas termelétricas, que ele considera poluentes.

“Estamos observando no Brasil o crescimento assustador da energia suja, gerada pelas usinas térmicas a gás natural e diesel. Essas usinas têm uma facilidade tão grande para aprovar financiamento e licenciamento ambiental. É uma contradição quando se compara com o licenciamento para energia limpa, representada também pelas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs)”, diz o parlamentar.

 

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A sugestão de incluir representante da Eletrobrás na audiência foi feita pelo senador Paulo Rocha (PT-PA). Ele lembrou que para reduzir custos e melhorar o aproveitamento energético nacional é preciso desenvolver o potencial de cada região e resolver os gargalos de infraestrutura.

“Algumas regiões têm um grande potencial de produção, mas não há o linhão próximo que ligue a PCH ao sistema unificado. Nesse caso o investimento não precisa ser na PCH, mas no linhão. Tem usinas no Nordeste de geração eólica que estão paradas porque não há linhão. Por isso precisamos ouvir a Eletrobrás”, destacou.