Recursos para Eletrobrás são retirados da educação, saúde e infraestrutura, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, participa da instalação da comissão especial, que vai debater o projeto que altera o marco legal do saneamento básico no País (PL 3261/19).  Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, participa da instalação da comissão especial, que vai debater o projeto que altera o marco legal do saneamento básico no País (PL 3261/19). Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Luiz Gustavo Xavier – Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta quarta-feira (21) que a privatização da Eletrobras vai garantir mais recursos para investimentos no país. Segundo ele, os recursos que o governo é obrigado a colocar na estatal poderiam ser investidos na revitalização do São Francisco, em projetos sociais ou em infraestrutura, por exemplo.

Maia participou de reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e diversos líderes partidários para debater a situação do orçamento público brasileiro e a capacidade de investimento do estado brasileiro.

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O presidente da Câmara disse que vai se empenhar para que a Casa autorize a privatização da Eletrobras. Ele quer mostrar aos parlamentares que os recursos do sistema estão sendo retirados da saúde, da educação e de outras áreas importantes.

“Se o setor privado está disposto a colocar dinheiro no setor elétrico e no setor de saneamento, por que a gente criar obstáculos e problemas para o setor privado? Temos que ter uma regulação forte que obrigue os investimentos das empresas privadas nessas áreas e que a gente possa avançar”, disse Rodrigo Maia.

O ministro Paulo Guedes afirmou que a Eletrobras não vai conseguir manter o ritmo de investimento necessários e que, se nada for feito, o sistema vai colapsar. Para Guedes, está evidente que a sociedade precisa de recursos nas áreas de saúde e de educação.

“A Eletrobras é uma história crescente de incapacidade financeira, de não conseguir acompanhar o ritmo necessário de investimento. Já teve que vender algumas distribuidoras de energia. A gente corre o risco de ficar no escuro”, disse o ministro.

O presidente da Câmara informou ainda que a equipe econômica e os parlamentares devem se reunir novamente para tentar construir um texto que facilite sua tramitação na Casa e acelerar a privatização da Eletrobras.

“Queremos que os deputados compreendam que o setor vai investir, e parte dos recursos vão ser destinados aos estados da região”, afirmou.

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