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Privatização da Eletrobras avança; política de preços da Petrobras em pauta

Capitalização da estatal elétrica foi aprovada na quarta-feira (18/5) por sete votos a favor e apenas um contrário

Sede do Tribunal de Contas da União, em Brasília
Sede do Tribunal de Contas da União, em Brasília (Foto: Agência Brasil)

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TCU aprova privatização da Eletrobras… Com sete votos a favor e apenas um contrário — o do ministro Vital do Rêgo –, a corte aprovou, na quarta-feira (18/5), a proposta do governo Bolsonaro para a capitalização da estatal elétrica. Os ministros avaliaram os parâmetros para precificação das ações da companhia.

— O acórdão do TCU incluirá algumas ressalvas e recomendações. Esses detalhes, contudo, já vinham sendo antecipados pelo governo federal. A privatização será feita por meio da pulverização do controle da União.

Em fevereiro, o TCU já havia dado parecer favorável à modelagem de privatização da companhia. Também naquela ocasião, Vital do Rêgo foi o único ministro da corte a não concordar com a proposta.

Com o aval do TCU, o governo espera liquidar as ações da estatal até 9 de junho.

… Mas surgem novas ações judiciais contra a venda da empresa Parlamentares do PT e dirigentes sindicais, com apoio da Federação Única dos Petroleiros (FUP), ingressaram com quatro ações judiciais em três estados — Alagoas, Bahia e Paraíba — e no Supremo Tribunal Federal (STF), contra a privatização da Eletrobras.

— As ações alegam falta de transparência no processo de venda da estatal e também que a privatização irá aumentar as tarifas. Além disso, questionam a contratação obrigatória de 8 GW de térmicas a gás natural, incluída na lei 14.182/21, que autorizou a privatização. Valor

—  O “jabuti” das térmicas incluído na Lei da Eletrobras também é questionada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) no STF.

Filho de Bolsonaro diz que pai não vai mudar política de preços da Petrobras… O senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ), filho “zero-um” do presidente da República e coordenador da pré-campanha do pai à reeleição, disse que Jair Bolsonaro não pode interferir na política de preços da estatal.

— “Isso é algo que o presidente Jair Bolsonaro não pode interferir na Petrobras. Se ele fizer isso, causa uma instabilidade geral. O dólar vai lá para as alturas, desvaloriza o valor da Petrobras na Bolsa de Valores. E acaba piorando. Com certeza, se fosse para fazer, ele teria feito”, disse Flávio. Correio Braziliense

… Mas assunto será debatido em reunião do Conselho da estatal Os conselheiros de administração da Petrobras se reúnem na próxima quarta-feira (25/5). De acordo com O Globo, a expectativa é que a política de preços da companhia entre em debate, ainda que informalmente — já que a pauta trata de outros temas sigilosos, como venda de ativos e investimentos.

— Nos últimos dias, após a posse do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, a pasta vem analisando propostas para a política de preços da Petrobras, dentre as quais mudar o preço de referência para os reajustes. Hoje, a estatal trabalha com um preço conhecido como CIF (que inclui os custos envolvidos para importar os derivados, como seguro e frete). A ideia é que a Petrobras passe a ser usar o preço FOB (o valor puro da mercadoria, sem levar em conta os custos envolvidos na importação). O Globo

— Segundo interlocutores do governo, outra proposta seria ampliar os intervalos entre os reajustes. Alterar o texto do estatuto social da Petrobras, que prevê que a União compense a estatal em caso de uma orientação em relação aos preços, também é uma opção em debate em Brasília.

Câmara quer ouvir Petrobras sobre aumento do diesel… A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de convite para que o presidente da estatal, José Mauro Coelho, esclareça o aumento dos combustíveis, em especial o diesel — reajustado em 8,8% no dia 10/5. Também foram convidados para a audiência representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). CNN

… E o MME sobre a privatização da petroleira As comissões de Minas e Energia e de Fiscalização e Controle da Câmara aprovaram requerimentos de convite para que o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, explique a intenção de iniciar os estudos de privatização da Petrobras. Segundo parlamentares, Sachsida se colocou à disposição para comparecer no dia 22 de junho. g1

O petróleo teve mais um dia de queda Apesar da redução dos estoques de petróleo e gasolina nos EUA e do otimismo com a reabertura econômica na China, a commodity foi influenciada pela piora do humor em Wall Street em relação à inflação norte-americana e a resposta de política monetária do Federal Reserve. O Brent para julho caiu 2,51%, para US$ 109,11 por barril, enquanto o WTI para o mesmo mês recuou 2,36%, a US$ 107,04 por barril. Valor

Os estoques de petróleo dos EUA recuaram 3,394 milhões de barris, para 420,82 milhões de barris, na semana encerrada em 13 de maio, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas previam alta de 1,4 milhão de barris.. Estadão.

— Na gasolina, os estoques caíram 4,779 milhões de barris, para 220,189 milhões de barris, ante expectativa de queda de 1 milhão de barris. Já os estoques de destilados avançaram 1,235 milhão de barris, para 105,264 milhões de barris. Analistas previam, nesse caso, estabilidade.

Governo elabora propostas para o projeto Combustível do Futuro O Ministério da Economia deve entregar nas próximas semanas um plano com 44 propostas de mudanças regulatórias com foco no biogás e no biometano. As medidas fazem parte dos “corredores sustentáveis”.

– Em junho, os grupos de trabalho do Combustível do Futuro, projeto coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), devem concluir suas atividades com a apresentação de um projeto de lei ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). No MME, estão sendo discutidos ciclo otto, captura de carbono, combustíveis sustentáveis de aviação e marítimo.

Distribuidoras de gás e produtores de biometano formam parceria A Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás) anunciaram a criação de um grupo de trabalho para impulsionar a injeção de biometano nas redes das concessionárias estaduais de gás natural.

— Atualmente, a produção brasileira de biometano é da ordem de 400 mil metros cúbicos por dia (m³/dia). No entanto, a Abiogás estima que esse volume deve crescer significativamente nos próximos anos, já que 25 novas usinas foram anunciadas no país, com capacidade para produzir cerca de 30 milhões de m³/dia.

Solução para conta de luz deve partir do governo federal, diz Arthur Lira A reunião entre o presidente da Câmara, líderes partidários da base aliada e o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, definiu na quarta-feira (18/5) que caberá ao governo buscar uma solução para atenuar os reajustes das tarifas de energia elétrica. A Aneel aprovou, em abril, reajuste médio de 17% para 13 distribuidoras de 11 estados.

— “O ministro Sachsida vai se reunir com a Aneel e distribuidoras para buscar uma saída equilibrada para a diminuição desse repasse que, apesar de ser contratual, pode ser minimizado”, explicou Lira após a reunião.

— Se o governo não apresentar soluções viáveis, os deputados sinalizam que vão votar o projeto de decreto legislativo (PDL nº 94/2022) que suspende a homologação do reajuste tarifário anual das distribuidoras de energia elétrica.

Mudanças na diretoria da Aneel Com a saída de André Pepitone e até a posse de Sandoval Feitosa no comando da agência, a superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira da agência, Camila Figueiredo Bomfim Lopes, atuará como diretora-geral substituta.

– Portaria publicada na quarta-feira (18/5) também autorizou o superintendente de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade, Giácomo Francisco Bassi Almeida, a compor a diretoria interinamente, em decorrência da saída de Elisa Bastos.

Carga de energia aumenta 2,2% em abril na comparação anual, diz ONS Já em relação a março, houve queda de 6,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi positiva, de 2,7%. Os dados são do boletim de carga mensal divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

— O Sistema Interligado Nacional (SIN) contabilizou 70.420 MW médios em abril. Na comparação com abril de 2021, a carga aumentou nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste (+4,8%) e Nordeste (+2,4%), e caiu no Sul (-3,6%) e no Norte (-3,5%). Ante março, o único subsistema a registrar aumento foi o Norte (+1,8%).

Eólica offshore nos planos da Petrobras O presidente da petroleira, José Mauro Coelho, afirmou que a companhia estuda entrar no segmento de eólicas em alto mar no longo prazo. Segundo Coelho, a Petrobras já possui uma carta de intenções com a Equinor para colaborar com o projeto eólico offshore Aracatu, da companhia norueguesa, na Bacia de Campos.

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