BRASÍLIA – A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (24/10) que investirá R$ 60 milhões para medições de ventos no mar. Serão lançadas cinco novas boias Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore), para avaliação de recursos eólicos offshore.
A primeira boia do novo grupo começará a operar em dezembro deste ano e as demais serão lançadas até o fim de 2025.
A tecnologia foi desenvolvida no programa de pesquisa e desenvolvimento do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes) em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE).
A boia pioneira custou R$ 11,3 milhões e completou recentemente um ano de operações no mar de Areia Branca, litoral do Rio Grande do Norte.
“Essa fase do projeto é necessária para validação da tecnologia e resultará na maior campanha de mapeamento eólico offshore no Brasil, fundamental para a avaliação da viabilidade técnica de futuras instalações de energia eólica offshore”, afirmou em nota o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.
As boias são flutuantes de Lidar (Light Detection and Ranging), desenvolvidas pela primeira vez com tecnologia nacional.
Trata-se de um sensor óptico que utiliza feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, gerando dados compatíveis com o ambiente de operação das turbinas eólicas.
As boias Bravo também são capazes de captar variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, além de variáveis oceanográficas, como ondas e correntes marítimas.
Em junho deste ano, a Petrobras assinou um protocolo de intenções com o governo do Rio de Janeiro para realizar estudos de viabilidade de um projeto piloto de energia eólica offshore.
O projeto tem como meta avaliar diversos aspectos da geração eólica offshore, de modo a identificar gargalos e desafios técnicos, considerando as particularidades da região.