A diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara, confirmou que a empresa estuda a venda de 15 das suas 26 usinas termoelétricas, possivelmente em 2020. A executiva também afirmou nesta quarta (14) que a Petrobras pode entrar no leilão de energia nova A-6 deste ano com projetos de geração termoelétrica.
De acordo com Anelise Lara, a participação da Petrobras no leilão pode ser como ofertante de energia, com novos projetos de geração, ou como fornecedora do gás.
O plano de venda de usinas termoelétrica (UTEs) já havia sido informado em reunião com analistas de mercado este mês, quando Anelise Lara também falou dos planos para vender gasodutos de escoamento da produção do pré-sal.
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Ontem, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco voltou a destacar o potencial do Comperj, em Itaboraí (RJ), em se tornar um polo de geração de energia. A Petrobras constrói uma unidade de processamento de gás natural no local e conclui a instalação do gasoduto Rota 3, que vai conectar a produção de gás do pré-sal, especialmente de Búzios, na cessão onerosa.
Castello Branco comparou o Comperj ao Porto do Açu, onde a Prumo e a Gás Natural Açu (GNA) desenvolvem um polo de gás natural e geração de energia. O executivo participou de audiência no Senado.
“Com a vantagem que somos os produtores do gás“, afirmou sobre o Comperj, que classificou como um potencial “centro de geração de energia barata para o estado do Rio de Janeiro”.
“Petrobras não vai garantir capacidade do Gasbol”
Anelise Lara também reforçou nesta quarta (14) que a Petrobras não vai garantir toda a capacidade que está sendo ofertada na chamada pública do Gasbol, gasoduto da TBG que importa o gás produzido na Bolívia. Atualmente, a TBG está com a chamada aberta para contratação de 18 milhões de m³/dia de gás, que ficarão descontratados em dezembro, quando encerra o contrato atual com a Petrobras.
“[A Petrobras] não vai garantir a capacidade total [da chamada pública] (…) Assim como a gente está percebendo o interesse grande do mercado pela chamada pública, a concretização disso vai se dar no momento da assinatura dos contratos”, afirmou.
A executiva explicou que a Petrobras tem capacidade para garantir o suprimento de gás de forma flexível — a companhia opera terminais de regaseificação de GNL, que permitem a importação de gás do mercado spot internacional. Mas ressaltou que manter essa capacidade de oferta flexível tem um custo para a companhia.
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