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Paralisação de campos na Bahia pode afetar Refinaria de Mataripe

ANP cria grupo que vai trabalhar com a Petrobras para definir uma estratégia de retomada da produção do Polo Bahia Terra

Paralisação de campos na Bahia pode afetar Refinaria de Mataripe. Na imagem: Cavalo-de-pau para exploração onshore (em terra) de petróleo (Foto: Divulgação/Somoil)
Além do refino em Mataripe, paralisação do polo, que já dura um mês, equivale a uma perda média de R$ 15 milhões em royalties para dez municípios baianos (Foto: Divulgação/Somoil)

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Você vai ver aqui: ANP cria grupo para retomar a produção, cuja interrupção também afeta royalties de cidades baianas; mais um ataque a torres de transmissão, dessa vez em SP; indicação de Jean Paul Prates é aprovada na Casa Civil e vai para a Petrobras. E mais:

O prejuízo à produção de derivados na Refinaria de Mataripe, da Acelen, é um dos riscos mapeados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) com a interrupção do Polo Bahia Terra. Nessa quinta (12/1), a ANP negou pedido da Petrobras para retomar as operações do ativo.

Simultaneamente, decidiu criar um grupo de trabalho para monitorar a situação. O GT trabalhará com a Petrobras para definir uma estratégia de retomada da produção no menor tempo possível e elaborar um cronograma de retorno da operação.

— O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, destacou que a agência decidiu intervir porque a parada do polo afeta a muitos, incluindo a Acelen, que consome toda a sua produção. O refinador mostrou preocupação com a falta de clareza sobre o cronograma da paralisação.

— Também afeta municípios baianos. Em 2022, o polo, que responde por cerca de metade da produção do estado, gerou receitas de R$ 188 milhões em royalties. Ou seja, um mês de parada equivale a uma perda média de R$ 15 milhões para as dez cidades beneficiadas.

Saboia cita também o potencial dano aos demais produtores da região que utilizam a infraestrutura da Petrobras, como a PetroReconcavo. Além do prejuízo para a cadeia fornecedora local – o que afeta a geração de empregos e renda locais.

“Se a ANP não pode e não deve se furtar ao seu dever de fazer cessar as situações de risco grave e iminente observadas, deve envidar todos os esforços para que a retomada da produção ocorra com a maior brevidade possível”, votou Saboia.

O Polo Bahia Terra está parado há um mês. Foi interditado por motivos de segurança, após técnicos da ANP constatarem uma série de irregularidades. Reúne 37 concessões e está sendo negociado pela Petrobras com o consórcio PetroReconcavo/Eneva.

A paralisação é mais um episódio das idas e vindas na venda do ativo. O processo foi suspenso judicialmente em junho de 2022, após pedido da Aguila Energia, cuja proposta foi recusada pela Petrobras. Entretanto, em novembro passado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) revogou a medida.

— Com a vitória de Lula nas eleições, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) pressiona o novo governo pela paralisação do negócio, assim como de outras vendas de ativos da Petrobras. Na semana passada, porém, a estatal negou a suspensão do desinvestimento.

Nova sabotagem na transmissão de energia Vandalismo ocorreu nessa quinta (12/1) na linha Assis-Sumaré, em Rio das Pedras (SP), operada pela Taesa. Em relato preliminar, a transmissora informou ter registrado “claras evidências de tentativa criminosa de derrubada da torre”. Valor

— É o quarto caso de ataque a torres no país, desde que grupos golpistas de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram, no domingo (8/1), as sedes dos Três Poderes, em Brasília – Governo Lula encara ataques às torres de energia como ato de terrorismo

Indicação de Prates chega na Petrobras A análise da indicação de Jean Paul Prates (PT) para a presidência da estatal foi concluída na Casa Civil e seguiu, nessa quinta (12/1), para a tramitação interna na companhia. Inicia, assim, a contagem de prazos e as etapas da governança da Petrobras. A indicação é feita pelo Ministério de Minas e Energia (MME), mas a nomeação precisa ser aprovada pelo conselho de administração da petroleira.

GNL em pequena escala A diretoria da ANP aprovou a realização de consulta e audiência públicas sobre a revisão das regras de acondicionamento e movimentação de GNL a granel, por modais alternativos ao dutoviário. A agência propõe simplificar o processo para projetos de small scale e dar ao biometano tratamento análogo ao gás natural na regulação.

Adiada decisão sobre Subida da Serra Discussão sobre a minuta de acordo para autorizar o gasoduto da Comgás foi prorrogada pela ANP, após pedido de vistas do diretor Daniel Vieira. Processo visa a pacificar o imbróglio em torno do projeto – classificado como um ativo de distribuição pela Arsesp, mas como um gasoduto de transporte pela ANP.

Preços de referência do petróleo também ficam para depois O diretor da ANP Daniel Vieira também pediu vistas, e foi postergada a abertura de consulta prévia da Análise do Impacto Regulatório (AIR) sobre o preço de referência do petróleo para o cálculo de participações governamentais para empresas de pequeno e médio portes.

O Brent operava em alta de 0,94%, a US$ 84,82 o barril, na manhã desta sexta (13/1). Ontem, com o dólar fraco e a manutenção do otimismo com a reabertura da China e o consequente aumento da demanda por petróleo, o Brent fechou a sessão em alta de 1,65%, a US$ 84,03 o barril. Valor

Rodrigo Agostinho no Ibama O deputado federal do PSB de São Paulo, que não foi reeleito, atuou em favor de pautas ambientais durante seu mandato e deve ser escolhido ainda nesta semana para comandar o órgão ambiental. A seleção cabe a Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e do Clima. O órgão será responsável por dar continuidade ao licenciamento na margem equatorial.

ANP amplia escopo dos CBIOs  Resolução 802/2019 vai incluir a comercialização de biodiesel entre produtores deste biocombustível no rol de operações geradoras de lastro para emissão de CBIOs. Quando a regra foi publicada, a comercialização entre produtores não era autorizada, o que foi alterado posteriormente.

Equinor investe em biorrefino Parceria com o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) vai pesquisar a produção de bio-hidrocarbonetos (ou biocombustíveis drop-in), como diesel verde e bioQAV, com resíduos agroflorestais. A Equinor vai investir R$ 8,5 milhões. Outros R$ 4,7 milhões virão da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

COP28 será presidida por CEO de petróleo Os Emirados Árabes Unidos nomearam o sultão Ahmed al-Jaber, CEO da petroleira estatal Adnoc, como presidente da conferência climática das Nações Unidas (COP28), marcada para 30 de novembro. É a primeira vez que a COP vai ser presidida por um executivo do setor de óleo e gás.

Centro de H2V em Minas Gerais testará aplicação na siderurgia A Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e o projeto H2Brasil estão desenvolvendo uma iniciativa para a aplicação do hidrogênio verde junto a siderúrgicas instaladas no estado. A parceria inclui a construção da sede do Centro de Hidrogênio Verde (CH2V) em Itajubá (MG).

EUA, México e Canadá firmam parcerias para veículos elétricos e hidrogênio Entre os compromissos está a elaboração de um plano para padrões operacionais e a instalação de carregadores de veículos elétricos ao longo das fronteiras internacionais. O acordo inclui o desenvolvimento de um mercado de “hidrogênio limpo”, com códigos e padrões de segurança, clusters de hidrogênio transfronteiriços e corredores verdes para transporte marítimo.

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