CAMPINAS — O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) negociou 229 megawatts (MW) no segundo leilão de resposta da demanda, realizado na quarta-feira (16/7). Na primeira edição, no ano passado, foram contratados 93 MW.
O diretor-geral do órgão, Marcio Rea, avaliou que esta edição do mecanismo foi “um sucesso”. O deságio máximo foi de 32,5%, ou seja, o menor valor ofertado ficou 32,5% abaixo do preço-teto previamente estabelecido. Já na primeira edição, o deságio havia sido de 14,4%.
O mecanismo remunera grandes consumidores que reduzem, voluntariamente, as atividades por quatro horas, entre 18h e 22h, nos dias úteis.
O menor consumo de energia deverá ser colocado em prática de quatro a seis ocasiões por mês, ao longo de cinco meses de contratação, de setembro a janeiro.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) paga os valores acordados com as empresas a cada megawatt/hora economizado.
A iniciativa pode evitar o acionamento de usinas termelétricas durante os períodos de maior carga, no início da noite.
Caso o participante descumpra a previsão de diminuição do consumo no período, ele deixa de receber a compensação financeira e arca com uma multa de 10%.
Segundo o diretor de TI, Relacionamento com Agentes e Assuntos Regulatórios do ONS, Maurício de Souza, o mecanismo é um aliado estratégico para o consumidor e para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Além disso, é uma ferramenta essencial para o enfrentamento dos desafios da transição energética com maior sustentabilidade e eficiência.
“Esse recurso contribui diretamente para a redução do custo da energia, pois evita o acionamento de usinas termelétricas, além de trazer flexibilidade para a operação e contribuir para aumentar a segurança de suprimento e a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro”, disse, em nota.
O mecanismo está previsto em um sandbox regulatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que começou em outubro de 2022 e foi prorrogado até 2026.