Operação

ONS deve ter orçamento de R$ 3,3 bilhões entre 2025 e 2027

Entidade terá aumento nominal de 27,6% nas verbas e deverá modernizar centro de operações em Brasília

Entenda na agência eixos as novas regras do MME para operação de térmicas na ponta. Na imagem: Edifício sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro (Foto Fernando Frazão/Agência Brasil)
Edifício sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro | Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (29/10) a abertura de consulta pública para discutir o orçamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) entre 2025 e 2027. A previsão é que o ciclo contemple R$ 3,3 bilhões, com reajustes anuais de acordo com a inflação.

No triênio anterior, o orçamento foi de R$ 2,5 bilhões. Descontada a inflação, há um aumento de 27,6% para os próximos três anos. A previsão é que o quadro de funcionários da entidade passe de 928 para 1.019 até 2027.

Aproximadamente 97% do orçamento proposto pelo ONS é custeado por meio dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão (EUST).

A entidade pretende modernizar o Centro Nacional de Operação do Sistema (CNOS), localizado em Brasília. A estimativa é de aproximadamente R$ 100 milhões em investimentos, o que representa 32,7% das carteiras de projetos e aquisições, benfeitorias e sistemas.

Além da reforma do prédio, serão modernizados os equipamentos e o data center do ONS na capital federal.

A relatora da consulta pública, Agnes da Costa, visitou as instalações e constatou a necessidade de investimentos.

“As salas que abrigam as centrais de data center do operador apresentam acondicionamentos incompatíveis com os requisitos atualmente exigidos pelos equipamentos lá presentes”, disse.

A relatora determinou que o orçamento do ONS fosse informatizado, facilitando a consulta às previsões. A Superintendência de Fiscalização Econômica, Financeira e de Mercado (SFF) deverá recomendar à entidade adequações no sistema de orçamento em até um ano.

O relatório foi aprovado por unanimidade na diretoria da Aneel, com a concordância de Sandoval Feitosa, Ricardo Tili e Fernando Mosna.

A consulta pública ficará aberta até 21 de novembro.