Energia elétrica

Capacidade de geração de energia elétrica deve crescer 9.950 MW em 2025, aponta Aneel

Janeiro registrou incremento de 1.350 MW, com entrada em operação 26 novas usinas

Complexo Solar Arino fica em Minas Gerais e pode gerar 1,4 TWh/ano (Foto Divulgação Enel Green Power)
Parque Solar Arinos fica em Minas Gerais e pode gerar 1,4 TWh/ano | Foto Divulgação Enel Green Power

LYON (FR) — A capacidade instalada de geração de energia elétrica deve crescer 9.950 megawatts (MW) em 2025 no Brasil, estima a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Se confirmada, a expansão da oferta de potência instalada ficará ligeiramente abaixo das observadas em 2023 (10.316 MW) e em 2024 (10.853 MW).

Em janeiro deste ano, o crescimento foi de 1.350 MW e 26 novas usinas entraram em operação comercial, sendo 13 centrais solares fotovoltaicas (567,21 MW), duas usinas termelétrica (459 MW), 10 eólicas (315 MW) e uma pequena central hidrelétrica (9 MW).

As novas usinas estão distribuídas em seis estados. O Mato Grosso do Sul foi o que registrou maior expansão da oferta no mês, com 384 MW e a entrada da Usina Termelétrica Central Geradora Suzano. O segundo maior crescimento foi em Minas Gerais, com sete usinas e 337 MW instalados.

De acordo com o Sistema de Informações de Geração da agência, o Siga, o país soma 209.758 MW de potência fiscalizada nesta sexta-feira (7/2).

Maior expansão da história em 2024

Em 2024, a matriz de geração de energia elétrica brasileira registrou recorde de expansão de 10.853 MW, segundo a Aneel. O número de usinas instaladas também foi recorde, com 301 novas plantas distribuídas em 16 estados. 

Do total, 91,13% da potência instalada foi de fontes renováveis, sendo 51,87% de solar e 39,26% de eólica. O estado com maior potência instalada foi Minas Gerais, com 3.174 MW, seguido da Bahia, com 2.409 MW.

Expansão termelétrica em 2025

O Brasil deve expandir sua capacidade termelétrica em 3,18 GW em 2025, o maior aumento desde 2013, segundo a Aneel. A maior parte virá de projetos a gás natural (2,39 GW), seguidos por biomassa (793 MW).

Entre os destaques, a UTE GNA II, no Porto do Açu (RJ), terá 1,7 GW e deve iniciar operação comercial em maio. O projeto, negociado no leilão A-6 de 2017, enfrentou atrasos devido a mudanças no ponto de conexão e à pandemia, além de atrasos na emissão da licença ambiental da linha de transmissão.

No Pará, a UTE Barcarena, da New Fortress Energy, deve começar o comissionamento em fevereiro. O complexo inclui um terminal de GNL e fornecerá gás para indústrias da região, como a Norsk Hydro.

Outro projeto previsto é o fechamento de ciclo da UTE Nova Venécia 2 (92,2 MW), no Maranhão, operada pela Eneva, negociada no leilão A-6 de 2019.

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