Energia

Neoenergia inicia operação de 467,77 MW no Parque Eólico Chafariz

São 135 turbinas ativas, o suficiente para abastecer 1 milhão de pessoas por ano

Quando totalmente ativado, Complexo Eólico Chafariz terá potência instalada de 471,2 MW (foto: Neoenergia/Divulgação)
Quando totalmente ativado, Complexo Eólico Chafariz terá potência instalada de 471,2 MW (foto: Neoenergia/Divulgação)

Com uma capacidade instalada total de 467,77 megawatts (MW), os 15 parques do Parque Eólico Chafariz operados pela Neoenergia começaram a gerar energia esta semana no Sertão da Paraíba (PB).

O Parque Eólico Chafariz conta com 135 turbinas ativas, que geram energia suficiente para abastecer um milhão de pessoas por ano.

Quando estiver totalmente ativado, o parque terá potência instalada de 471,2 MW.

O empreendimento, maior da companhia em termos de eólica em operação, dobrou a participação dessa fonte limpa no portfólio da empresa.

As usinas estão localizadas nos municípios paraibanos de Santa Luzia, Areia de Baraúnas, São Mamede, São José do Sabugi e Junco do Seridó.

Segundo William Rodney, gerente de projetos renováveis da Neoenergia, o Parque Eólico Chafariz Neoenergia integra a estratégia da companhia para ampliar a geração de energia limpa, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

“Em 2022, teremos o marco de triplicar a nossa carteira de ativos eólicos, chegando a 1,6 GW, e atingir 90% da nossa capacidade instalada em renováveis, com Chafariz em destaque nesse processo”.

O primeiro parque começou a operar em julho do ano passado, 17 meses antes do previsto no contrato no Ambiente de Contratação Regulada (ACR).

Com a antecipação, Chafariz ajudou a assegurar geração de energia limpa durante a crise hídrica.

O complexo tem 61% da energia alocada para o mercado regulado e 39% para o Ambiente de Contratação Livre (ACL).

A Neoenergia calcula que, desde 2019, a construção do parque gerou retornos econômicos, sociais e ambientais ao município de Santa Luzia e entorno, como criação de mais de 1,4 mil empregos no pico das obras, com contratação de 40% mão-de-obra local, e cursos de capacitação na área para os moradores da região.

A infraestrutura dos parques também contribuiu com o desenvolvimento econômico na região Nordeste, já que entre os principais componentes dos aerogeradores, as pás foram fabricadas em Pernambuco e as naceles (que abrigam o gerador) na Bahia.

Companhia investe na ampliação do portfólio de renováveis

A companhia está construindo na mesma região o Complexo Solar Luzia, que terá potência de 149,3 MWdc e marca sua estreia na geração fotovoltaica de grande porte.

Os dois empreendimentos de geração de energia limpa serão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio da nova subestação Santa Luzia II, já em operação, que faz parte do projeto de transmissão adquirido pela empresa no lote 6 do leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em dezembro de 2017.

O Complexo Eólico Oitis, em construção, terá 12 parques localizados entre os estados do Piauí e da Bahia e uma capacidade instalada de 567 MW. Será seu maior empreendimento de fonte eólica.

Com 4 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de energia renovável, a empresa está implementando mais 1 GW com a construção dos novos parques eólicos. Em transmissão, são 2,1 mil km de linhas em operação e 4,5 mil km em construção.

Corredor verde

No Nordeste, está em construção o maior corredor de mobilidade elétrica do Nordeste, desenvolvido pela Neoenergia, para conectar as capitais Salvador (BA) e Natal (RN), passando pelas cidades de Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB).

O Corredor Verde é resultado de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Aneel, e faz parte do Programa de Mobilidade Elétrica da Neoenergia, que integra planos da companhia em investir no estímulo de utilização de veículos elétricos e no processo de descarbonização da economia.

A primeira fase foi iniciada em Salvador, com a avaliação de desempenho de carros elétricos em rotas urbanas e propostas de abertura dos eletropostos ao público.

Experimentalmente, veículos elétricos e híbridos percorreram diversos trechos da capital baiana, para avaliar autonomia, desempenho e definição de ajustes e melhorias.

Após concluído, o Corredor Verde deve abranger seis dos nove estados do Nordeste, passando por 70 municípios.