RIO — O Ministério de Minas e Energia (MME) informou na noite desta terça-feira (10/1) que vê “indícios de vandalismo” na derrubada de três torres de transmissão nos últimos dias, mas que os eventos não interromperam o fornecimento de energia elétrica.
Em meio às tentativas de bloqueios no acesso às refinarias por parte de grupos golpistas de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), desde domingo (8/1), o MME, em conjunto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), criou um gabinete de crise para monitorar eventuais riscos à infraestrutura do setor elétrico.
De acordo com boletim do gabinete, nos últimos dois dias, houve ataques que derrubaram três torres de transmissão: uma no Paraná e duas em Rondônia.
As empresas responsáveis pela operação dos ativos veem indícios de vandalismo e sabotagem nos casos:
No Paraná:
- Furnas reportou queda de uma torre – e danos em outras três – no município de Medianeira (PR), a 50 km de Foz do Iguaçu. Segundo a empresa, “não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado queda de torres” e há indícios de vandalismo;
Em Rondônia:
- Eletronorte informou que a queda de uma torre e torção de duas unidades adjacentes da linha 230 kV Samuel-Ariquemes circuito 3. Há indícios de vandalismo, segundo a empresa;
- Evoltz confirmou a queda de uma torre e corte em dois estais (cabos de sustentação) na Coletora Porto Velho-Araraquara 2 – Polo 3. Empresa vê indícios de sabotagem.
Segue a nota do MME, na íntegra:
Desde 1º de janeiro, o Ministério de Minas e Energia (MME) acompanha, junto aos setores de energia elétrica, mineração e combustíveis, os eventos com indícios de vandalismo.
Com a ocorrência dos fatos associados a derrubadas das torres de transmissão, não houve interrupção no fornecimento de energia elétrica e de abastecimento para a população.
Um grupo de trabalho segue monitorando e subsidiando com informações necessárias às decisões para assegurar o suprimento energético e a preservação da cadeia mineral.
Paralelamente, foram acionados os órgãos de segurança federais e estaduais de modo a apurar e prevenir novos atos.
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