Armazenamento

MME reabre consulta pública para primeiro leilão de baterias, previsto para abril de 2026

Início do suprimento está previsto para agosto de 2028; contratos terão dez anos de duração

Bateria de grande porte para armazenamento de energia gerada por painéis solares fotovoltaicos (Foto Sabine van Erp/Pixabay)
Bateria de grande porte para armazenamento de energia fotovoltaica

BELO HORIZONTE — O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu, nesta segunda-feira (10/11), a consulta pública sobre o primeiro leilão de armazenamento do país, previsto para abril de 2026.

A contratação será de sistemas de armazenamento de energia em baterias eletroquímicas (SAEs) e deve ocorrer no modelo de leilão de reserva de capacidade (LRCAP).

O montante contratado não foi divulgado, mas em outubro o ministro do MME, Alexandre Silveira (PSD), estimou que o leilão deve ter 2 GW de demanda.

Segundo a portaria, os sistemas devem realizar a recarga completa em até seis horas, com disponibilidade de potência máxima de quatro horas diárias e acima de 30 megawatts (MW).

Além disso, o Operador Nacional do Sistema (ONS) poderá despachar o recurso por mais de quatro horas diárias com potência em valores proporcionalmente inferiores à disponibilidade máxima.

Ao contrário de outros leilões, os empreendimentos não precisarão apresentar licença prévia, de instalação ou de operação do sistema de energia.

O início do suprimento é em agosto de 2028 e terá prazo de dez anos.

Em 2024, a pasta iniciou as discussões sobre o certame em outra consulta pública, que previa o leilão para junho de 2025 e o início de suprimento em julho de 2029.

O certame é aguardado pelo setor de data centers, que considera que o leilão pode ser um avanço para viabilizar o uso de fontes renováveis intermitentes na operação dessas instalações, que demandam fornecimento de energia firme e estável. 

De acordo com a consultoria PSR, o armazenamento de energia pode reduzir em até 16% os custos do sistema elétrico brasileiro em 2029. 

A consultoria acredita que, além de auxiliar na redução dos custos do sistema elétrico, essas tecnologias podem contribuir para a confiabilidade e viabilizar maior participação das renováveis, sem aumentar a dependência de termelétricas fósseis.

Interessados podem contribuir com a consulta pública até 29 de novembro neste link.

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