Combate ao curtailment

MME publica regras para termelétricas inflexíveis diminuírem despacho

Expectativa é de um melhor aproveitamento da geração eólica e solar, reduzindo os cortes de geração

Eneva avalia leilão de reserva de capacidade para expandir projeto termelétrico da Celse em Sergipe. Na imagem: UTE Porto de Sergipe I, em operação desde o início de 2020, integrada com terminal de GNL (Foto Divulgação Celse)
UTE Porto de Sergipe I, em operação desde o início de 2020, integrada com terminal de GNL (Foto Divulgação Celse)

BRASÍLIA — O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou nesta quinta-feira (24/7) as regras para que termelétricas inflexíveis reduzam a geração em momentos de sobra de energia. A expectativa é que os agentes possam ir ao mercado comercializar gás natural por preços mais vantajosos do que a geração de energia.

Além disso, a previsão é de um melhor aproveitamento da geração eólica e solar, diminuindo os cortes de geração (curtailment).

A estimativa é que há um total de 2 gigawatts (GW) em capacidade instalada em térmicas inflexíveis que podem reduzir acionamentos. 

O MME prevê uma economia de R$ 2 bilhões por ano com o menor despachos nessas usinas.

A regra é voltada às termelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) despachadas de forma centralizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e com contratos no ambiente regulado. As normas são válidas até o fim de 2026.

Os participantes poderão oferecer ao ONS uma proposta para gerar menos energia por até dois meses. A oferta deve incluir o montante a ser reduzido, os valores e o tempo de duração.

O ONS poderá cancelar a redução a qualquer momento em caso de necessidade. Seguirá válido o compromisso em manter a usina disponível para acionamento.

Em até dois meses, o ONS e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) deverão definir detalhes operacionais dessas operações.

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