Ministro de Minas e Energia pede esforço "inadiável" de redução do consumo

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“Para aumentar a segurança energética e afastar o risco de falta de energia no horário de maior consumo, é fundamental que a administração pública, em todas as suas esferas, e cada cidadão-consumidor, nas residências e nos setores do comércio, de serviço e na indústria participem de um esforço inadiável de redução de consumo”. O pedido é do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em pronunciamento feito em cadeia nacional de rádio e televisão na noite dessa terça-feira (31/8). Veja o pronunciamento

— Albuquerque pediu que a população brasileira desligue luzes e aparelhos elétricos que não estão em uso; aproveite mais a luz natural; reduza a utilização de equipamentos que consumam muita energia, como chuveiros elétricos, condicionadores de ar e ferros de passar.

— O ministro pediu ainda que a população dê preferência ao uso desses equipamentos pelo horário da manhã e nos finais de semana, evitando o aumento da carga nos fins dos dias, horário de pico de consumo de energia.

Mais cedo, o MME divulgou como irá funcionar a primeira fase do que chama de “redução voluntária do consumo de energia”.

— Uma das medidas é a concessão de um crédito ao consumidor na conta de luz de janeiro de 2022 para quem economizar energia de hoje (1/9) a 31 de dezembro, que pode chegar a R$ 50 por cada 100 kWh reduzidos. Veja mais detalhes

Também nessa terça, o MME confirmou que o aumento da bandeira tarifária vermelha nível 2 será de 50%, passando de R$ 9,49, em agosto, para R$ 14,20 por 100 kWh consumidos, a partir de setembro até abril de 2022. epbr

— O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, anunciou que o valor da nova bandeira – chamada de Bandeira Escassez Hídrica – servirá para cobrir o déficit da conta bandeira, em R$ 5,2 bilhões até julho, e os custos das medidas adicionais para geração de energia nos próximos meses, avaliada em R$ 8,6 bilhões.

— E o governo vai usar a Eletrobras, que pretende privatizar, para segurar o repasse ainda maior dos custos para a população, preocupado – é claro – com as eleições de 2022. Determinou que a estatal antecipe um aporte de R$ 5 bilhões à CDE em 2022. Valor

— Especialistas ouvido por Gabriela Ruddy, no Valor Ecônomico, apontam que as medidas anunciadas pelo governo são importantes, mas deveriam ter sido anunciadas há mais tempo. Valor

— Cristiane Barbieri e Anne Warth mostram, na edição desta quarta (1/9) do Estadão, que o pronunciamento de Albuquerque seria feito na semana passada, mas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) interviu para adiar a mensagem à população. Estadão

— E a percepção do mercado financeiro sobre a crise começa a mudar. O Itaú-Unibanco passou a ver risco maior de racionamento no país, dobrando sua estimativa de 5% para 10%. Valor

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Leilões da ANP. A Comissão Especial de Licitação da ANP aprovou a inscrição da Wintershall DEA na 17ª rodada, marcada para 7 de outubro. É a oitava empresa inscrita no leilão de áreas de concessão.

— Já estão inscritas na concorrência: Chevron, Ecopetrol, Murphy Exploration, Petrobras, Shell, TotalEnergies e Karoon.

— A 17ª rodada prevê a oferta de 92 blocos exploratórios, todos offshore, divididos por 11 setores de quatro bacias sedimentares brasileiras – Campos, Pelotas, Potiguar e Santos –, totalizando 54 mil km² de área.

— Três blocos no setor SS-AUP5, em Santos, estão cortados pelo limite das 200 milhas náuticas, na extensão da Plataforma Continental brasileira.

Veja os blocos e campos de petróleo e gás que serão licitados no Brasil em 2021

OPEP+ deve manter aumentos das cotas. Os ministros da OPEP + se reúnem nesta quarta (1/9) para avaliar o aumento de produção de 400 mil barris/dia até dezembro. Para Paul Sheldon, Chief Geopolitical Advisor da S&P Global Platts Analytics, o grupo deve manter os aumentos de cota mensais.

— Segundo a consultoria, as condições atuais do mercado fornecem confiança suficiente para o suprimento extra por pelo menos mais um mês.

— Há uma tendência de cautela da OPEP + pelas incertezas da demanda relacionada ao coronavírus. No entanto, uma recuperação recente nos preços do petróleo reduz a urgência de agir agora, aponta a S&P Global Platts.

— As reuniões mensais do cartel fornecem flexibilidade para congelar as cotas se os fundamentos enfraquecerem nas próximas semanas.

— Além da cautela em relação às variantes do coronavírus, o Irã não mostra urgência para renovar as negociações nucleares depois que a última rodada terminou, em 20 de junho, o que mantém a produção do país sob controle.

Petróleo tem pior mês desde outubro de 2020. O petróleo fechou em queda nessa terça (31/8) e terminou agosto com a pior perda percentual mensal desde outubro de 2020, apesar da recuperação na semana passada.

— Os contratos do Brent para outubro terminaram o dia em queda de 0,57%, a US$ 72,99 o barril, encerrando o mês com perdas de mais de 3%. Já o WTI caiu 1,02%, a US$ 68,50 o barril, com perda de mais de 7% em agosto.

— Na sessão dessa terça, o desempenho foi movido pela cautela dos investidores em meio à paralisação da produção devido ao furacão Ida e um dia antes do encontro da OPEP+.

— Apesar do desempenho ruim em agosto, o petróleo acumula ganhos de mais de 40% no ano. Valor

A New Fortress Energy (NFE) prevê investir US$ 350 milhões no Brasil nos próximos 12 meses. Dona de um terminal de importação de gás natural liquefeito (GNL) em Sergipe, a companhia tem planos de instalar mais três plantas do tipo até o primeiro semestre de 2022 e construir termelétrica de 288 megawatts (MW) no Porto de Suape (PE) até o fim de 2022.

— A empresa participa das chamadas públicas promovidas pelas distribuidoras estaduais do Nordeste e Centro-Sul. Também celebrou o primeiro contrato no mercado livre, com a Unigel, em Sergipe, e se prepara para participar dos próximos leilões de energia, com novos projetos “gas-to-power”. Valor

— A NFE ainda fechou memorando de entendimento para fornecer GNL por 15 anos, a partir de 2022, à refinaria Alunorte Alumina, da Norsk Hydro, em Barcarena, no Pará. O contrato havia sido cancelado em outubro de 2020.

“Militarização” da Petrobras. José Fucs, mostra, no Estadão, que o general Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, colocou em sua assessoria seus colegas da caserna, em linha com a “militarização” de outras estatais e da administração direta federal desde o início do atual governo, em 2019.

— Silva e Luna já contratou pelo menos seis militares para atuar em postos de apoio à presidência da holding e da Transpetro, subsidária da estatal, desde que assumiu o comando, em meados de abril.

— Com as novas contratações, o número de oficiais abrigados na cúpula da Petrobras chega a pelo menos dez, incluindo o próprio Silva e Luna – mais do que o triplo do que havia na gestão anterior.

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