O Ministério de Minas e Energia (MME) estuda formas de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) financiar a construção de novas usinas termoelétricas (UTE) a carvão e viabilizar novos projetos na região sul do país.
Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Reive Barros, o MME estuda um programa para as UTEs a carvão e discute o assunto com o Ministério da Economia.
“Deveremos, no final de 2019, através do ministro Bento [Albuquerque], apresentar um programa específico de viabilização de termelétricas a carvão no Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, disse Reive em coletiva de imprensa nesta sexta (18), ao final do leilão de energia nova A-6, em São Paulo.
Duas térmicas a carvão forma habilitadas para o leilão de hoje, mas não venderam energia. São os projetos Ouro Negro (600MW), da Ouro Negro Energia, e Pampa Sul 2 (340 MW), da Engie.
O edital dos próximos leilões também prevê novas ofertas de térmicas a carvão. Mas leilões de energia para novas usinas não contratam novos projetos a carvão desde 2014.
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Carvão não encontra financiamento no mundo
Segundo Reive, o ponto crítico para viabilizar os projetos é a falta de financiamento. Ele afirma que térmicas a carvão “não estão encontrando alternativas de financiamento nem a nível nacional, nem internacional.”
Por isso, o MME e a pasta da Economia buscam conjuntamente uma alternativa para que o BNDES volte a financiar projetos a carvão.
A última termelétrica a carvão a ter energia contratada em um leilão no Brasil foi a UTE Pampa Sul, instalada pela francesa Engie em Cadiota, no Rio Grande do Sul.
A usina, que demandou investimento de mais de R$ 2 bilhões, entrou em operação em junho deste ano. Mas desde antes da entrada em operação a Engie havia decidido vender a usina, como parte do objetivo global da companhia de reduzir emissões e vender ativos a carvão.
Com o mesmo foco, a Engie também pôs a venda o complexo termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, Santa Catarina.
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