Minas e Energia discute retomada da importação de energia em Caracas

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MME e ONS estão na Venezuela para verificar as condições de retomada da importação de energia elétrica por Roraima, último estado isolado do país. Também na pauta, investimento em petróleo e gás.

A Petrobras foi à Bolívia negociar com autoridades e estatais condições e projetos de investimento em gás natural, incluindo fertilizantes.

E os preços do petróleo no mercado internacional são negociados ainda acima dos US$ 90 por barril, a espera dos desdobramentos de riscos na Europa e Oriente Médio.

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reúne nesta segunda (23/10) com o ministro de Energia Elétrica da Venezuela, Nestor Luis Reverol Torres, em Caracas.

– A comitiva, com participação do ONS, deve visitar amanhã a hidrelétrica de Guri, responsável pela geração da energia que era importada pelo Brasil. O objetivo é assegurar a capacidade do sistema, que inclui as linhas de transmissão que conectam Venezuela a Roraima.

– A viagem foi tratada em reunião entre Silveira e Lula na sexta (20). Segundo o ministro, a integridade da infraestrutura depende do país vizinho, mas é possível estimar que a exportação seja restabelecida em torno de 30 dias.

– As conversas com Caracas foram retomadas no primeiro semestre. A importação de energia da Venezuela foi suspensa em 2019, após uma série de apagões no país vizinho e também devido ao rompimento de relações do governo de Jair Bolsonaro com Nicolás Maduro.

Roraima é o único estado do país isolado do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo o MME, as obras da linha de transmissão Manaus-Boa Vista estão sendo retomadas e a redução da dependência da geração local, a óleo e diesel, representará uma economia da ordem de R$ 10 milhões por mês.

Petróleo. A agenda em Caracas deve incluir discussões sobre a exploração e produção de petróleo na Venezuela, que retoma gradativamente a sua oferta de óleo.

– Primeiro, com a liberação dos EUA para operações de empresas americanas – a Chevron ampliou as atividades no país este ano. Na semana passada, Joe Biden deu mais um passo, suspendendo temporariamente sanções aos país.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que já havia sinalizado o interesse em voltar a investir no exterior, afirmou que os desdobramentos das negociações estimulam o interesse da empresa no país.

A Novonor fechou acordo com a Maha Energy para a venda de participação na PetroUrdaneta, uma joint venture com a PDVSA, que opera três campos de óleo e gás na Bacia de Maracaibo.

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Na Bolívia, representantes da Petrobras iniciaram rodadas de negociações com autoridades bolivianas para discutir possíveis investimentos em lítio, gás natural e energias renováveis no país vizinho. Paulo inclui projetos de GNL.

Na Bacia do Paraná, a Eneva vê perspectiva para a produção de gás natural inclusive para eventuais projetos de produção de fertilizantes, afirmou o CEO da companhia, Lino Cançado, na sexta (20).

– A companhia possui blocos nos estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, região próxima ao trajeto do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). A previsão é de início de perfuração de blocos exploratórios em 2025.

E na Argentina, o candidato da situação, atual ministro Sérgio Massa, liderou o primeiro turno com 36,68% do total de votos, na frente de Javier Milei (29,98%). O resultado refletiu a recuperação do peronista nas semanas que antecederam a votação. A eleição será decidida em 19 de novembro.

Os preços do óleo abriram a semana estáveis e negociados acima dos US$ 92 por barril de petróleo Brent, negociados no mercado futuro. Após valorizar mais de 7% na semana seguinte ao início da guerra entre Israel e o Hamas, os preços estabilizaram acima dos US$ 90.

– O conflito entre Israel e o Hamas criou um cenário de tensão geopolítica em uma região que é protagonista no mercado global de petróleo e gás.

– No entanto, apesar de ter gerado uma grave crise humanitária, a guerra no Oriente Médio teve impactos limitados sobre os preços do barril de petróleo e os fluxos globais de óleo e gás até o momento.

• Como a guerra em Israel impacta o petróleo e quais os possíveis cenários

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