Energia

Mercado livre de energia bate recorde de migrações até agosto

Foram 4,8 mil solicitações de adesão em oito meses, alta de 65% e mais que em todo o ano de 2022

Foto em close das pás da hélice e turbina de eólica onshore (Foto: Divulgação Claro)
Claro investe no mercado livre de energia e PPA para aquisição de energia eólica, com o objetivo de atender a 100% de seu consumo em unidades de média tensão (Foto: Divulgação)

A migração de consumidores do ambiente regulado para o mercado livre de energia elétrica bateu recorde entre janeiro e agosto de 2023, período em que mais de 4,8 mil clientes solicitaram a adesão, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O número representa um aumento de 65% em relação ao mesmo período de 2022, quando 2,9 mil clientes fizeram a adesão. A migração em 2023, inclusive, já é maior que em todo o ano passado, quando 4,6 mil consumidores aderiram ao ambiente livre.

Atualmente, mercado livre tem 35.542 consumidores e responde por 37% do consumo total de energia elétrica do país. A maioria, segundo a CCEE, são indústrias e empresas de grande e médio porte, sobretudo das áreas de comércio e serviços, localizadas principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

O mercado livre permite aos clientes escolher o fornecedor da energia que consome, diferentemente do mercado cativo, no qual os clientes consomem apenas a energia comprada pela distribuidora responsável pela concessão do local onde estão localizados.

Atualmente, é necessário ter uma demanda mínima contratada de 500 kW para ser elegível a entrar no mercado livre. A partir de 1º de janeiro de 2024, todos os consumidores de energia em alta ou de média tensão vão poder migrar, independentemente da demanda.

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De acordo com a vice-presidente do conselho de administração da CCEE, Talita Porto, o interesse pela migração está relacionado à queda nos preços negociados no ACL, além da atuação das comercializadoras.

“O cenário climático favorável e a manutenção de um crescimento baixo da demanda nos últimos anos reduziram os preços, tornando as negociações no segmento muito competitivas. Além disso, vemos um empenho das comercializadoras em alcançar públicos de menor porte, já de olho na abertura prevista para janeiro de 2024”, disse em nota.