Mercado livre de energia

Mercado de autoprodução começa a atrair clientes com cargas de energia menores, diz Thymos

Modelo de contratação vai movimentar cerca de 1 GWm de energia em 2025, prevê consultoria

Jaison Chamberlain é gerente de Novos Negócios da Thymos Energia (Foto Divulgação)
Jaison Chamberlain é gerente de Novos Negócios da Thymos Energia (Foto Divulgação)

RIO — Os contratos de autoprodução de energia elétrica estão começando a atrair consumidores com cargas menores e mais pulverizadas, depois de um crescimento acelerado entre clientes eletrointensivos, segundo a Thymos Energia.

Ao todo, a consultoria estima que a autoprodução vai movimentar cerca de 1 gigawatt-médio (GWm) de energia em 2025.

Apesar de a procura por grandes consumidores seguir alta, os clientes menores também estão começando a se interessar por esse modelo de contratação, diz o gerente de Novos Negócios da Thymos, Jaison Chamberlain.

“No mercado, também está ocorrendo um movimento dos geradores fazendo alguns produtos direcionados para essas cargas mais pulverizadas”, diz.

No modelo de autoprodução, o cliente passa a ser sócio do gerador de energia e fica isento de alguns encargos, quando a opção é pela negociação de energia renovável. É uma solução que ajuda as empresas a reduzir custos e a atender compromissos ambientais.

Essa opção está disponível no mercado livre de energia, no qual o consumidor escolhe o fornecedor de energia. Desde janeiro de 2024, podem podem ingressar no mercado livre no Brasil todos os consumidores de média e alta tensão.

A abertura do ambiente livre a partir do ano passado contribuiu para o interesse pela autoprodução por clientes menores, com cargas na casa dos 10 megawatts médios (MWm).

Segundo Chamberlain, um dos maiores desafios ao atender esse novo perfil de consumidor é a complexidade do modelo de contratação.

“Muitas vezes, esses clientes que não têm energia como um dos principais custos de operação acabam se distanciando um pouco desses conceitos de mercado e fica um pouco difícil levar o entendimento e trazer a confiança de seguir a estruturação do projeto”, diz.

Um acordo nesse modelo leva de oito a doze meses para sair do papel, estima a Thymos.

A consultoria viu um forte aumento da procura de estruturação de acordos de autoprodução ao final do ano passado, que estão se refletindo em novos negócios que estão sendo fechados ao longo de 2025. 

Nos últimos três anos, a consultoria ajudou a estruturar a implantação de mais de 2 GW de capacidade instalada no modelo de autoprodução, o que correspondeu a cerca de 40% dos contratos desse tipo fechados no Brasil no período.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias