BELÉM – O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou na quinta-feira (21/11) as diretrizes do próximo leilão de sistemas isolados (Sisol). São R$ 452 milhões previstos em investimentos, para o fornecimento de energia elétrica em 10 localidades dentro da Amazônia Legal. A capacidade total é de 49 megawatts (MW).
O certame, previsto para maio de 2025, incluirá a exigência de, pelo menos, 22% de fontes renováveis em cada lote. Os lotes podem ter sistemas de armazenamento de energia. Essa previsão abre espaço para as baterias.
As medidas de descarbonização da geração de energia serão divulgadas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante um workshop sobre o programa Energias da Amazônia, em Belém.
As áreas que receberão a energia estão localizadas nos estados do Amazonas e do Pará. Os lotes 1 e 2 contém cinco localidades cada, dentro da área atendida pela Amazonas Energia.
No lote 3, o fornecimento será destinado a uma localidade atendida pela Equatorial Pará. O início das operações deve ocorrer em dezembro de 2027, com contrato de 15 anos.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Sistemas de Armazenamento de Energia (Absae), Markus Vlasits, a cota de renováveis poderia ser mais ousada.
“Para sistemas isolados, com carga predominantemente residencial e comercial, a participação renovável ideal seria na faixa de 50 a 70%. Seria ideal no sentido de alcançar o menor custo global de geração”, disse.
Energias da Amazônia
Além do leilão com cota de fontes renováveis, o programa Energias da Amazônia terá destinação de recursos do Fundo Pró-Amazônia Legal para financiar medidas de descarbonização.
Serão investidos R$ 372 milhões para interligação e hibridização de sistemas de geração. Distribuidoras e geradoras poderão participar do edital.
A previsão do MME é que haja uma redução de 1,5 milhão de toneladas nas emissões de CO2 até 2030.