Leilão A-5 contrata 815 MW de PCHs

BRASÍLIA — O leilão de energia nova A-5 contratou 815 MW de capacidade, nesta sexta (22/8), proveniente de 65 centrais hidrelétricas e PCHs até 50 MW, com início de suprimento em 2030 e horizonte de fornecimento em 20 anos.

O montante ficou abaixo das expectativas anunciadas anteriormente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), de contratação de 1 GW e investimentos de R$ 10 bilhões.

Realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o certame teve 241 projetos cadastrados, totalizando 2.999 MW de potência – um recorde de potência e projetos hidrelétricos dessas categorias em leilões do gênero, segundo a Aneel.

As contratações desta sexta resultaram em um preço médio de R$ 392,84, com deságio de 3,16% em relação ao preço-teto (R$ 411 por MWh) e garantia física de 466 MWm, de acordo com o MME.

De acordo com os dados da CCEE, as usinas vão demandar investimentos de R$ 5,5 bilhões, quase metade do esperado. Em seu discurso, no entanto, o ministro Alexandre Silveira estimou os investimentos em R$ 8 bilhões.

Os empreendimentos estão distribuídos por 13 estados: Santa Catarina (27), Paraná (11), Rio Grande do Sul (7), Mato Grosso (6), Goiás (4), Mato Grosso do Sul (2), Rio de Janeiro (2), Minas Gerais (1), São Paulo (1), Bahia (1), Rondônia (1), Espírito Santo (1), Pernambuco (1).

O ministro confirmou o leilão previsto para o primeiro trimestre de 2026 que tem como objetivo contratar até 3 GW de PCHs. Essa licitação foi determinada pela MP do setor elétrico (1304), que prevê ao todo 4,9 GW de pequenas hidrelétricas.