O Grupo Fleury, de medicina e saúde, e a francesa GreenYellow fecharam um acordo para contratação de 4,5 MWp (megawatt-pico) em energia solar, por dez anos, com objetivo de abastecer 47% da energia consumida pelo grupo no Rio de Janeiro. Para atender à demanda, a GreenYellow vai construir uma usina fotovoltaica na cidade de Paty dos Alferes, no interior do Rio, com um investimento de mais de R$ 19 milhões. O estado é o oitavo em potência instalada no Brasil.
MWp é a potência máxima em condições normais de irradiação dos painéis solares.
Ao todo, 45 unidades do grupo serão atendidas pelo projeto, todas em baixa tensão, a partir deste ano. A usina da GreenYellow deve gerar 7,4 GWh por ano, por meio de 7.055 painéis solares, o que equivale a mais de 3.800 casas com consumo médio de 160 KWh cada, e deve evitar a emissão de quase 4 mil toneladas de CO2 por ano, estima empresa.
Clóvis Porto, diretor de Expansão e Facilities do Grupo Fleury, explica que o acordo é um passo importante da companhia em direção à migração do consumo de energia de suas operações para alternativas mais sustentáveis.
“A adoção de uma fonte 100% renovável, como é o caso da fotovoltaica, nos coloca ainda mais em um caminho que desejamos seguir em termos de sustentabilidade”, afirma.
O consumo energético do Fleury em território fluminense representa atualmente 27% do total utilizado pelo grupo em todo o país, com unidades distribuídas por shopping centers, centros de atendimento ao público e áreas técnicas onde são processados exames.
Já Pierre-Yves Mourgue, diretor-presidente da GreenYellow, afirma que, com o modelo de negócio proposto pela empresa, o parceiro tem ainda o benefício de adquirir energia a um custo mais baixo que o comprado junto à distribuidora.
“De acordo com o modelo de negócio proposto pela GreenYellow aos clientes, a empresa é responsável pela injeção do capital e a completa implantação, operação e manutenção da usina”, explica.
Solar em expansão
A geração solar ficou em terceiro lugar dentre as fontes de geração com entrada em operação no Brasil em 2020, com 793,2 MW instalados (16% do total) em 21 empreendimentos.
As térmicas foram as que apresentaram o maior percentual, com 63 usinas e 2.235,1 MW acrescidos, representando 45,3% da potência instalada no ano. Em seguida vem a eólica, com 1.725,8 MW em 53 usinas, o equivalente a 34,9% do total do ano. Dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
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