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Governo propõe renovação do Conselho da Petrobras

União indica José Mauro Coelho para presidência da estatal; dentre oito indicados para CA, quatro são novidades

Governo propõe renovação do Conselho da Petrobras. Na imagem: fachada do edifício-sede da Petrobras, na avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
Fachada do edifício-sede da Petrobras, na avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

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Governo propõe renovação de Conselho da Petrobras Após idas e vindas, o governo bateu o martelo e indicou José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da estatal, em substituição ao general Joaquim Silva e Luna. Para chefiar o Conselho de Administração foi indicado Márcio Weber, que já integra o CA. A troca no comando da petroleira se dá diante das insatisfações de Jair Bolsonaro com o aumento dos preços dos combustíveis.

– A lista de indicações da União para o Conselho da estatal é composta por oito nomes, sendo quatro deles novidades. Se eleitos, de fato, na assembleia geral ordinária de acionistas do dia 13 de abril, José Mauro Coelho, Carlos Lessa Brandão, Eduardo Karrer e Luiz Henrique Carolli vão estrear no CA da petroleira.

– Márcio Weber, Murilo Marroquim, Ruy Schneider e Sônia Villalobos foram indicados pela União à recondução dos cargos. Já Eduardo Bacellar (atual presidente do conselho), Joaquim Silva e Luna (atual presidente da estatal) e Cynthia Silveira (que assumiu a presidência da TBG) estão de saída.

– O Conselho de Administração da Petrobras é composto por onze membros, sendo um deles obrigatoriamente eleito pelos empregados (Rozângela Buzanelli). Os acionistas minoritários também apresentaram candidatos às vagas destinadas aos detentores de ações preferenciais e ordinárias. As oito cadeiras restantes serão ocupadas pelos nomes da União e investidores, que competirão por meio do sistema de voto múltiplo.

Os últimos dias foram marcados por muitas especulações sobre o novo comando da estatal, após as desistências de Adriano Pires (para a presidência da empresa) e Rodolfo Landim (para a presidência do CA). O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ontem, antes do anúncio das novas indicações, que o governo iria apresentar os nomes a tempo da assembleia de acionistas. Ele se reuniu com Bolsonaro pela manhã.

José Mauro Coelho foi secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME) de março de 2020 a outubro de 2021. Antes, foi diretor de Estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). E desde maio de 2020 é presidente do Conselho de Administração da PPSA.

— Já Márcio Weber ingressou em 1976 na Petrobras, onde trabalhou por 16 anos. Foi presidente da BOS Navegação e diretor da Petroserv.

— A confusão na troca do comando da Petrobras repercutiu no Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), chegou a defender mudanças na Lei das Estatais, para flexibilizar a escolha de indicados para essas empresas. O parlamentar também é favorável à privatização da empresa:

“Se ela não tem nenhum benefício para o Estado nem para o povo brasileiro, que vive reclamando todo dia dos preços dos combustíveis, que seja privatizada e que a gente trate isso com a seriedade necessária”, disse Lira.

— Outro a defender a privatização da Petrobras foi o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Ele é o coordenador do grupo que elabora o programa econômico da campanha do pré-candidato à Presidência da República, João Doria (PSDB/SP).

Meirelles defendeu, ontem, o fatiamento da estatal em três ou quatro empresas, para posterior privatização. Segundo ele, o modelo proposto colocaria fim à posição monopolista da Petrobras e criaria um ambiente de maior concorrência entre as companhias menores resultantes da operação. Folha de S. Paulo

TCU pede revisão do preço da capitalização da Eletrobras A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) pediu a revisão das contas do preço mínimo da privatização da Eletrobras. Jota.

Bandeira Escassez Hídrica termina em 15 de abril O governo federal antecipou em 15 dias o fim da Bandeira Escassez Hídrica. A cobrança extra de R$ 14,20 por 100 kWh consumidos está em vigor desde 1º de setembro de 2021 e iria durar até 30 de abril. A partir de 16 de abril, contudo, será substituída pela bandeira verde – que não estabelece cobranças de valores extras sobre o consumo.

— A antecipação do fim da Bandeira Escassez Hídrica foi motivada pela recuperação dos reservatórios das hidrelétricas e consequente redução da geração termelétrica. Também contribuiu a expansão da geração eólica e solar.

Consumo elétrico menor em 2022 Com a economia mais fraca, a carga de energia elétrica deverá crescer 1,7% em 2022, abaixo dos 2,7% estimados no fim de 2021, aponta nova previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).Reuters

PDE 2021: expansão da matriz com fósseis vai sair mais cara A contratação obrigatória de 8 GW termelétricos incluída na lei de privatização da Eletrobras vai prejudicar a expansão de fontes renováveis no Brasil. Pior: vai sair mais cara. É o que aponta o Plano Decenal de Energia (PDE) 2031, lançado na quarta-feira (6/4).

— As políticas atuais levarão à “substituição de parte da expansão indicativa de eólicas e solares centralizadas por termelétricas com geração compulsória movidas a gás natural, carvão mineral e nuclear”, diz a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Essa mudança “resulta em um maior custo de operação para o sistema”, completa. A estimativa é que quase 60% da expansão da capacidade instalada, no período, venha de usinas a gás, carvão e nuclear.

Senado aprova nomes para ANP e Aneel A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou em bloco, na quarta-feira (6/4), os oito nomes indicados pelo governo para as diretorias da ANP e Aneel. Os novos diretores da Aneel já foram aprovados em plenário. Já os nomes da ANP serão votados nesta quinta (7/4).

Produção de campos maduros dobrará até 2025 A ANP estima que a produção de petróleo de 124 campos maduros vendidos pela Petrobras, a partir de 2019, deve crescer 122% até 2025 nas mãos dos novos operadores. Segundo a agência, entre 2012 e 2020, antes dos desinvestimentos da estatal, a produção desses campos caiu aproximadamente 60%, para uma média de 57,7 mil barris/dia, mas a projeção é que esse volume chegue aos 125,6 mil barris/dia em 2025.

Petróleo recua a menor valor em 3 semanas O petróleo caiu acentuadamente na quarta-feira (6/4), após a liberação de reservas de países para conter o aperto na oferta e diante da intenção do FED, banco central dos EUA, de aumentar as taxas de juros do país. 

— Brent e WTI tiveram seus menores níveis de fechamento desde 16 de março. O Brent fechou em queda de 5,2%, a US$ 101,07 o barril, enquanto o WTI caiu 5,6%, para US$ 96,23 o barril. Reuters

Refinarias chinesas evitam petróleo russo Apesar dos grandes descontos sobre o preço do óleo russo, as refinarias estatais da China estão evitando novos contratos de petróleo da Rússia. Sinopec, CNOOC, PetroChina e Sinochem não negociaram carregamentos para maio, afirmaram fontes à Reuters. As empresas estão honrando os contratos atuais, mas atenderam ao pedido de cautela de Pequim, à medida que as sanções ocidentais aumentam contra a Rússia pela invasão na Ucrânia.

Argentina quer importar mais gás da Bolívia, mas depende do Brasil A intenção dos argentinos é ampliar para entre 16 milhões e 18 milhões de m3/dia a compra de gás boliviano durante o inverno. Para isso, o Brasil teria de reduzir suas importações. “No momento, o Ministério de Minas e Energia não tem expectativa de que o Brasil demande menos gás da Bolívia”, disse a pasta à Reuters

— O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, viajará ao Brasil na sexta (8/4) e se reunirá com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O país vizinho busca alternativas ao GNL, que disparou com a guerra na Ucrânia. 

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