Governo indica novo general para comandar Itaipu

Hidrelétrica de Itaipú, localizada na fronteira entre o Paraguai e Brasil e capaz de produzir 14.000 MW de energia
Hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre o Paraguai e Brasil

BRASÍLIA – O governo federal anunciou o general da reserva João Francisco Ferreira para comandar a parte brasileira de Itaipu Binacional. A indicação foi feita nesta sexta (19) horas após Jair Bolsonaro (sem partido) anunciar que o atual diretor-geral, Joaquim Silva e Luna, deverá assumir a presidência da Petrobras no lugar de Roberto Castello Branco.

João Francisco Ferreira foi transferido para reserva remunerada do Exército desde 2014. Serviu em 1977 no 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista no Rio de Janeiro. Foi contemporâneo de Jair Bolsonaro, que fez o curso de de paraquedista na mesma época.

As indicações de Silva e Luna para Petrobras e Ferreira para Itaipu ainda dependem de aprovação dos Conselho de Administração das estatais.

Silva e Luna, que também foi ministro da Defesa durante o governo Michel Temer, já recebeu diversos elogios de Jair Bolsonaro e é tido como homem próximo do presidente da República.

Bolsonaro foi à Itaipu oito vezes em apenas dois anos de governo e faz referência à gestão da margem brasileira como “exemplar”.

Militares no comando da área de energia

A indicação de mais um general para ocupar um cargo importante no setor de energia consolida a presença de militares, inclusive da ativa, no setor de energia do governo de Jair Bolsonaro.

Desde o início, a escolha do nome de Bento Albuquerque para o Ministério de Minas e Energia foi indício da preferência do presidente da República por profissionais das Forças Armadas, já que o MME é muito disputado entre lideranças políticas.

Recentemente, o também general da reserva Henrique Saboia tomou posse como diretor-geral da ANP.

O governo avalia ainda indicar o oficial da reserva da Marinha, Ruy Flaks Schneider, para comandar a Eletrobras, após a saída de Wilson Ferreira Júnior, que vai para a BR Distribuidora.

O governo Bolsonaro está consolidando a retomada da presença dos militares no topo da hierarquia de empresas e órgãos do setor de energia.

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