Previsões do clima

Gerações solar e eólica serão favorecidas no inverno de 2025, afirma Nottus

Menor chuva na região Nordeste vai contribuir para geração solar e eólica; estação terá neutralidade climática

Produção fotovoltaica e eólica associada a armazenamento de energia em grandes baterias (Foto Pixabay)
Produção fotovoltaica e eólica associada a armazenamento de energia em grandes baterias (Foto Pixabay)

LYON (FR) — As gerações solar e eólica devem ser favorecidas durante o inverno de 2025, devido ao menor volume de chuva previsto para o Nordeste do que o usual para o período, segundo o sócio-diretor da consultoria de meteorologia Nottus, Alexandre Nascimento.

“Lembrando que é durante o inverno que começa a safra de ventos. Esse ano ela deve ser favorecida. A gente já está observando isso agora durante o outono”, afirmou nesta terça-feira (17/6).

“Isso quer dizer que a geração eólica desse ano deve ser de normal a acima da normalidade”, completou.

Entretanto, em alguns momentos, frentes frias no litoral nordestino devem reduzir momentaneamente a geração eólica. 

Já a geração solar será beneficiada pelas menores chuvas no “Cinturão solar”, região do Nordeste ao Pantanal com maior irradiação solar no Brasil.

Segundo Nascimento, o cenário de chuvas para o inverno brasileiro está dentro da neutralidade climática, ou seja, há equilíbrio nas temperaturas do oceano Pacífico, sem previsão de El Niño ou La Niña.

“A gente tem condições favoráveis para o retorno da chuva em toda a região central do Brasil. Chuvas mais intensas no Sul, chuvas intensas na Bacia, por exemplo, do Madeira. Isso beneficia a geração de energia hidráulica”, afirmou.

A estação terá, ainda, frentes frias frequentes, o que implica na ausência de ondas de calor.

De acordo com o executivo, isso reduz o risco de carga elevada de energia elétrica, já que o consumo tende a aumentar em períodos de calor, por causa do uso de aparelhos de ar-condicionado.

Também diminui a evapotranspiração dos reservatórios, ou seja, haverá mais água disponível nas hidrelétricas, o que contribui para um aumento da eficiência energética e uma redução de custos operacionais.

“Então, este ano vai ser um ano em que o clima vai ser mais favorável para o setor elétrico”, concluiu Nascimento.

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