LYON (FR) — As fusões e aquisições do setor de energia elétrica caíram cerca de 45% no primeiro trimestre de 2025, segundo pesquisa da KPMG. Em 2024 foram concretizadas 18 operações nos três primeiros meses do ano; neste ano, foram 10.
Do total de negócios fechados em 2025, seis operações envolviam empresas brasileiras e outras três foram de empresas estrangeiras adquirindo, de brasileiros, empresas estabelecidas no Brasil. Somente uma transação foi de estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, uma empresa estabelecida no Brasil.
“As empresas do setor de energia continuam buscando diversificação de seu portfólio de ativos visando atender as demandas originadas pela transição energética, redução de custos e buscando maiores ganhos nos modelos operacionais”, disse o sócio da KPMG Manuel Fernandes, em nota.
Para além do setor de energia, o estudo levantou dados 43 setores da economia. Do total, empresas brasileiras realizaram 330 operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 6% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram fechados 350 negócios.
“O levantamento da KPMG mostrou que houve uma pequena desaceleração no ritmo de compra e venda das empresas no país se levarmos em conta os mesmos meses de 2024, mantendo a atividade de fusões e aquisições praticamente estável”, afirmou o sócio da KPMG Paulo Guilherme Coimbra.
“Isso se deve a alguns fatores, principalmente, questões geopolíticas internacionais e a dinâmica do mercado que é mais fraca nos períodos iniciais do ano. A tendência é que esse movimento se recupere nos próximos trimestres”, completou.