A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não reverteu a decisão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a inviabilidade de conexão à rede da planta de hidrogênio verde e amônia verde da Solatio, no Piauí, ao contrário do publicado anteriormente na agência eixos.
A Aneel acatou apenas parcialmente o pedido da empresa e determinou a interrupção da análise pelo ONS de outros pedidos de acesso da companhia até a conclusão do andamento dos processos na esfera administrativa.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União da quarta-feira (25/6).
No anúncio do projeto, a Solatio chegou a afirmar que pretendia investir 42 bilhões de euros nos próximos 13 anos, e desenvolver uma planta com capacidade de 11,4 GW, produzindo anualmente 1,7 milhões de toneladas de hidrogênio verde e 9,6 milhões de toneladas de amônia verde.
O planejamento foi dividido em seis fases, cada uma com a capacidade de 1,9 GW. A primeira fase, prevista para iniciar a produção em janeiro de 2028. As obras para a instalação da empresa na ZPE de Parnaíba têm previsão de início ainda neste ano.
ZPE do Pecém
A iniciativa da Solatio se soma ao projeto industrial da Fortescue para a produção de hidrogênio verde em larga escala aprovado, no ano passado, para operar na ZPE de Pecém, no Ceará.
A Fortescue prevê cerca de R$ 17,5 bilhões em investimento, com capacidade de produção de 1,2 gigawatts (GW), por ano, podendo chegar a 2,1 GW em uma possível segunda fase do projeto.
SAF no Maranhão
A reunião também autorizou a instalação de uma planta de produção de querosene de aviação sustentável (SAF) e outros combustíveis — que havia sido aprovada na 38ª Reunião Ordinária, em outubro do ano passado — na ZPE de Bacabeira, no Maranhã
O projeto da refinaria da Oil Group Maranhão prevê um investimento de R$ 8 bilhões para produção de combustível sustentável de aviação (SAF), diesel comum e renovável, diesel marítimo e gasolina.