Reajuste de tarifas

EDP São Paulo terá alta tarifária média de 16,78% a partir de 23/10, aprova Aneel

Distribuidora atende 2,2 mi de unidades consumidoras; agência aprovou também reajuste da Neoenergia Brasília em 11,93%

CEO da EDP para a América do Sul, João Marques da Cruz (Foto Divulgação EDP)
CEO da EDP para a América do Sul, João Marques da Cruz (Foto Divulgação EDP)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (14/10), o reajuste tarifário anual de 2025 da EDP São Paulo, com alta média de 16,78% a partir de 23 de outubro. A distribuidora atende aproximadamente 2,2 milhões de unidades consumidoras.

Na classificação por grupo, haverá elevação média de 19,80% para os consumidores conectados em alta tensão (AT), como indústrias e grandes comércios. Já os consumidores na baixa tensão (BT), incluindo residenciais, terão reajuste de 15,44% no valor da tarifa de energia.

O total dos encargos setoriais apresentou variação de 28,7% e impactou o efeito médio em 6,69%. Já os custos de transmissão subiram 7% e impactaram o efeito médio em 0,83%. Outro fator que também pesou no balanço foram os custos com os chamados componentes financeiros, que contribuíram com o efeito de 4,74% no atual reajuste tarifário.

Esse último agrega diferentes efeitos que afetam o cálculo, incluindo créditos tributários e empréstimos. A EDP em São Paulo atua em 28 municípios do estado de São Paulo nas regiões do Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte. O consumo de energia elétrica representa atualmente um faturamento anual na ordem de R$ 6,55 bilhões.

Neoenergia Brasília terá alta tarifária média de 11,93% a partir de 22/10

A Aneel aprovou também o reajuste tarifário anual da Neoenergia Distribuição Brasília, com alta média de 11,93% para os consumidores em geral, a partir de 22 de outubro. A distribuidora atende aproximadamente 1,19 milhão de unidades consumidoras.

Na classificação por grupos, haverá elevação média de 14,47% para os consumidores conectados em alta tensão (AT), como indústrias e grandes comércios. Já os consumidores na baixa tensão (BT), incluindo residenciais, terão reajuste de 11,01% no valor da tarifa de energia.

O maior peso foram os encargos setoriais, com alta de 27,4%. O custos de transmissão também pressionaram, ao subir em 7,8%. As chamadas receitas irrecuperáveis (inadimplência) aumentaram em 15,5%. Esses e outros fatores contribuíram para o resultado no reajuste aprovado nesta terça.

A Neoenergia Brasília está sediada na cidade de Brasília (DF) e abrange as 33 regiões administrativas que compõem o Distrito Federal. O consumo de energia elétrica representa atualmente um faturamento anual na ordem de R$ 3,57 bilhões.

A votação nesta terça, na Aneel, foi na segunda edição de circuito deliberativo, por meio do qual a diretoria delibera processos sem a realização de reunião, apenas por meio do arquivamento de votos. A divulgação, neste modelo, ocorrerá sempre após o registro de todos os votos pelos diretores.

Por Renan Monteiro

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