Preço da energia

Diretora da Aneel vota por redução tarifária média de 5,76% para consumidores da Light, mas decisão é adiada

Aneel adia decisão sobre redução nas contas de luz da Light após divergências entre diretores

Ludimila Lima durante a 7ª reunião pública ordinária de 2025 da diretoria colegiada da Aneel, em 11 de março (Foto Michel Jesus/Aneel)
Ludimila Lima durante a 7ª reunião pública ordinária de 2025 da diretoria colegiada da Aneel, em 11 de março (Foto Michel Jesus/Aneel)

A diretora substituta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Ludimila Lima votou na tarde desta terça-feira (11/3) por uma redução tarifária média de 5,76% para consumidores da Light. Na classificação por grupos, o voto da diretora foi por um alívio de 2,08% para os consumidores em alta tensão e 7,19% para os consumidores em baixa tensão.

A Aneel discutiu hoje o reajuste tarifário anual da distribuidora de energia no Rio de Janeiro, mas adiou a decisão final devido a divergências entre os diretores. O tema foi debatido mais cedo e voltou à pauta após pedido de vista de Lima no princípio da tarde.

A nova tarifa deveria vigorar a partir deste sábado (15), mas ainda não há entendimento entre os diretores sobre o porcentual de reajuste.

Os diretores concordaram por unanimidade que parte do desconto na tarifa, que poderia chegar a 11,96% em média, deve ser adiado para amortecer variações nas contas de luz. Esse mecanismo possibilita postergar parte dos ajustes nas tarifas, incluindo cortes, para prevenir mudanças abruptas no valor das tarifas.

O diretor e relator, Fernando Mosna, votou pela redução tarifária média de 0,63% em 2025, visando criar uma “reserva tarifária” e assim evitar aumentos abruptos no próximo ano. Mosna argumentou que uma redução mais significativa agora poderia levar a uma alta de 9,94% em 2026, segundo projeção preliminar.

A Aneel havia calculado inicialmente um desconto médio de 11,96% para 2025, mas a Light defendeu a manutenção da tarifa atual até 2026, alegando que uma redução brusca poderia causar instabilidade nos preços. A distribuidora atende cerca de 4,5 milhões de unidades consumidoras na região metropolitana do Rio.

Enquanto não há consenso, a tarifa atual será mantida. O tema deve voltar à pauta na próxima terça-feira (18/3), quando os diretores tentarão chegar a um acordo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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