Demanda de energia

Consumo de energia sobe 1,7% em junho e mantém tendência de alta no SIN

Dados do MME apontam crescimento puxado pelas regiões Sul, Norte e Nordeste; carga acumulada em 12 meses avança 3,2%

Consumidora segura conta de luz da Celesc, distribuidora de Santa Catarina (Foto Júlio Cavalheiro/Celesc)
Consumidora atendida pela Celesc, distribuidora catarinense, segura conta de luz | Foto Júlio Cavalheiro/Celesc

JUIZ DE FORA — O consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 1,7% em junho de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com base em dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A carga média registrada no mês foi de 77.055 megawatts médios (MWmed). No acumulado de 12 meses, a expansão da carga foi de 3,2%.

De acordo com o MME, o crescimento foi impulsionado principalmente pelas regiões Sul, com aumento de 5,3%, Norte, com 4,9%, e Nordeste, com 2,9%. O Sudeste/Centro-Oeste teve alta de 2,2% no mesmo recorte.

Segundo a pasta, a variação na demanda está associada a fatores climáticos, como as chuvas acima da média e temperaturas amenas em grande parte do país durante o mês de junho, o que impactou o comportamento do consumo.

Renováveis e térmicas se destacam na expansão da carga

A expansão na demanda de energia coincide com a entrada de novas usinas no sistema em julho, reforçando o crescimento da matriz elétrica. Segundo dados da Aneel, a capacidade instalada aumentou 106 megawatts (MW) no mês, exclusivamente com a conexão de usinas renováveis, três eólicas (61 MW) e uma solar (45 MW).

No acumulado de janeiro a julho, foram adicionados 4.211 MW ao parque gerador centralizado do país.

Apesar do destaque para renováveis em julho, o crescimento no ano foi liderado por termelétricas, que representaram 57,6% da expansão. A principal delas foi a UTE GNA II, no Rio de Janeiro, com 1,7 GW, inaugurada em maio.

As novas usinas foram conectadas em 14 estados. O Rio de Janeiro liderou o crescimento no ano (1.672 MW), seguido pela Bahia e Minas Gerais. Em julho, os principais acréscimos vieram de Minas Gerais, com o parque solar Pedro Leopoldo I, e do Ceará, com a eólica Kairós Wind 6.

Ao fim de julho, o país tinha 88 usinas em fase de testes, somando 3.063 MW, segundo a Aneel. A potência fiscalizada do parque gerador centralizado alcançou 212.649 MW, sendo 84,45% provenientes de fontes renováveis.

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