O consumo de energia no Brasil recuou 1,5% em novembro de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, na primeira queda após 12 meses de altas consecutivas na comparação anual, mostra levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo a CCEE, o recuo foi provocado por temperaturas mais amenas ocorridas na maior parte do país, característica que ocasiona um uso menor de eletrodomésticos como ar-condicionado e ventiladores. No mês passado, o consumo foi de 71.153 MW médios.
“Todos os estados, exceto o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, apresentaram um calor menos intenso em novembro de 2024 frente ao mesmo mês de 2023, quando o fenômeno El Niño trouxe ondas de calor no Sudeste e na região central do Brasil”, explica em nota.
Temperaturas mais amenas em relação ao mesmo período de 2023 influenciaram quedas no Mato Grosso (-14,2%), Espírito Santo (-12,4%), Goiás (-12,0%) e Rondônia (-10,5%).
Notícias Relacionadas
Mercado livre de energia
Cliente prefere desconto garantido na migração ao mercado livre, afirma Armor Energia
Migrações entre pequenos e médios negócios está em alta e comparação com preços das distribuidoras ainda prevalece
Mercado livre de energia
Mercado livre é “porta de entrada” para interesse das empresas por ações mais sustentáveis, diz Auren
Empresa negocia créditos de carbono, que podem ser comprados junto com a energia elétrica ou de forma separada
A redução no consumo veio do mercado regulado, que apresentou retração de 4% na demanda.
Já no ambiente de contratação livre, onde estão grandes empresas e indústrias, houve uma alta de 2,4%, reflexo do aquecimento econômico de algumas atividades.
Ainda de acordo com o mapeamento da CCEE, os setores de minerais não-metálicos (6,8%); extração de minerais metálicos (6,2%); veículos (5,5%); manufaturados diversos (5,1%) e saneamento (4,7%) foram os que registraram maior alta no consumo.
Na outra ponta, telecomunicações (-5,8%), transporte (-3,7%) e bebidas (-2,7%) apresentaram as maiores retrações.
