Expansão da demanda

Consumo de eletricidade no Brasil deve crescer 3,3% ao ano até 2035, estima EPE

Maior expansão média anual deve ser registrada pelo setor de comércio e serviços, com 4,7%, e pelo setor residencial, com 3,0%

Mercado livre de energia bate recorde de novos consumidores no 1º semestre de 2023. Na imagem: Foto à contraluz de grandes torres com linhas de transmissão de energia, sob céu azul com pôr do sol ao fundo (Foto iStock)
Mercado livre já responde por 37% da demanda total de eletricidade do país e acumula 34,4 mil indústrias e estabelecimentos comerciais (Foto iStock)

BELO HORIZONTE — O consumo de eletricidade no Brasil deve crescer cerca de 3,3% ao ano até 2035, segundo estimativas do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035), divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Daqui a dez anos, o consumo total de eletricidade deve alcançar 939 Terawatt-hora (TWh). Confira o estudo completo aqui (.pdf).

A maior expansão média anual deve ser registrada pelo setor de comércio e serviços, com 4,7%. A projeção é que alcance 179 TWh em 2035.

Em segundo lugar, o setor residencial tem crescimento projetado de 3% ao ano, somando 254 TWh e 91 milhões de unidades consumidoras.

Em seguida está a indústria, com avanço médio de 2,8% ao ano, chegando a 272 TWh, impulsionada pelos segmentos de química (2,7% a.a.), cimento (2,3% a.a.) e metalurgia (2,2% a.a.).

Os outros setores, como rural, administração pública, saneamento e iluminação pública, acumulam expectativa de crescimento de 4,2% ao ano, totalizando 136 TWh em 2035.

Pela primeira vez, o estudo incluiu cargas especiais, como eletromobilidade, data centers e projetos de hidrogênio por eletrólise, que podem representar entre 1,2% e 12,9% da demanda total de eletricidade em 2035.

O planejamento prevê que a entrada em operação de grandes cargas associadas a esses empreendimentos impulsione o Sistema Interligado Nacional (SIN) a chegar no maior patamar horário a ser atendido, que pode ser superior a 180 GWh/h. 

A projeção é que a carga global de energia no SIN atinja 115 GW médios em 2035, crescendo 3,3% ao ano.

O estudo indica, ainda, que as perdas técnicas e não técnicas permaneçam como um desafio e reduzam um pouco em cenários de maior dinamismo econômico e de entrada de novas cargas conectadas diretamente à rede básica.

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